
"Recebemos convite para o lançamento da revista 'Um Passeio pela História de Ponte Nova – 156 Anos – Fazendas Antigas'. Um belo presente para a nossa cidade, que em 30/10 (domingo) celebra seus 156 anos.
A revista é uma empreitada dos escritores José Alfredo Padovani e Gilson José de Oliveira. Procuramos os autores e publicamos aqui um pouco mais sobre este projeto. Padovani esclarece:
'Eu e o Gilson já estamos bastante entrosados quando o assunto é pesquisa histórica. Tudo começou quando iniciamos com as caminhadas pelas trilhas rurais. Deparamos com sedes de fazendas derrubadas, outras bastante danificadas e poucas ainda bem conservadas.
Resolvemos pesquisar sobre essas propriedades e nesse trabalho destacamos as mais importantes do ponto de vista econômico, social e político. Depois de focar no casario urbano na revista lançada em 2019, nasceu agora o Um Passeio pela História de Ponte Nova – 156 Anos – Fazendas Antigas.
Nesta obra, destacamos 16 fazendas antigas (no nosso ponto de vista, estão entre as mais importantes do município). Entraram na revista a Fazenda e Usina Jatiboca, que desde 1963 estão no município de Urucânia, mas sempre estiveram diretamente ligadas a Ponte Nova.
São muitas histórias interessantes. Vale a pena conferir. Fizemos um texto direto para facilitar a leitura e a compreensão por parte de alunos das séries iniciais. A revista, graças ao apoio de empresas e entidades, será distribuída gratuitamente. Boa leitura e bom passeio pelas áreas rurais de Ponte Nova.'
Por sua vez, destacou Gilson: 'O trabalho de reflexão sobre algumas fazendas antigas de Ponte Nova é prazeroso: permite compreender a raiz de certas identidades e comportamentos que estão presentes no hoje da nossa sociedade. Percebem-se as forças atuantes no passado, os conflitos e vislumbra-se um olhar para o futuro do que pode ser a economia, a memória, o que fica como valor cultural.
Muito se confirma: a riqueza produzida e o poder político a ela atrelado no decorrer do tempo. O mundo mudou e as fazendas também. A maioria não conseguiu permanecer, por isso ficaram assim, antigas não só na arquitetura, também na incapacidade de continuar a produção nos novos modelos de relação capitalista.
Ficam perguntas muito pertinentes: o que fazer com essa memória para que não se perca? As sedes que ainda estão de pé (porque várias tombaram ou foram tombadas), até quando durarão? Havia 5 usinas de açúcar, fora os engenhos. Hoje só uma. Até quando ainda se terá essa uma? Então, o trabalho da revista sobre a história da cidade se tornou realmente um pensar também o seu futuro.'
O lançamento será promovido pela Prefeitura Municipal às 19h de 27/10 (quinta-feira), no CEU das Artes Ruy Merheb/Centro Histórico."