No feriado nacional desta quarta-feira (7/9), as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil começam às 8h30, ao longo da av. Francisco Vieira Martins, no eixo Guarapiranga/Palmeiras, com desfiles de:
– Escolas Municipais; Polícias Civil e Militar; Guarda Mirim; Bandas União 7 de Setembro, Santíssima Trindade/ambas de Ponte Nova e Lira Nossa Senhora do Amparo/Amparo do Serra; Clube do Cavalo; brigadistas civis; e Corpo de Bombeiros.
O tema deste ano, segundo relato da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Comunicação/SEMCT, será “Valorização da Vida – Setembro Amarelo”. Na abertura oficial, pronunciamento do prefeito Wagner Mol/PSB.
O ano da Independência
A Independência do Brasil, em 7/9/1822, transcorreu quando o Povoado de Ponte Nova completava 52 anos, considerando-se a ocupação oficial a partir de 1770 com a instalação da Capela em louvor de São Sebastião.
No período da Independência, a agricultura local tornava-se definitivamente forte e bastante diversificada. Além dos cereais, como o milho e o feijão, víveres básicos para a população local, plantavam-se cana para o fabrico do açúcar mascavo e da aguardente, mandioca para as farinhas e até o café, com boa parte da produção abastecendo Mariana e Ouro Preto.
Influenciava a política local Manuel Ignácio de Mello e Souza, que, integrando a lª Junta Provisional da Província de MG em 1822, passou à condição de membro do Governo Provisório de Ouro Preto, em 1823. Ele chegou à Presidência da Província em 1831, quando já era dono da Fazenda do Pontal/Ponte Nova.
A localidade de PN se desenvolveu em torno da Capela e ficou conhecida inicialmente como São Sebastião da Ponte Nova (a ponte antiga sobre o rio Piranga foi substituída por uma mais robusta em 1762).
Em 1822, Ponte Nova pertencia à Paróquia do Senhor Bom Jesus de Furquim e documentos da época informavam que aqui havia 2.890 habitantes (é claro, sem contar os escravos). Registre-se que, conforme Censo da Província das Minas Gerais, datado de 5/1/1826, Ponte Nova tinha 7.251 escravos.
Transcorriam naquela década dois movimentos: o da emancipação local (mas a elevação de PN à condição de Paróquia só ocorreu em 1832) e o surgimento de novas Capelas e Paróquias:
– A Paróquia Santo Antônio/atual Rio Doce foi instalada justamente em 1822 e, no ano seguinte, na Fazenda Lobo-Pereira, em Santana do Deserto, morava o capitão Joaquim Pereira Guimarães, comandante do Destacamento riodocense.
– Por outro lado, exatamente em 7/9/1823, no 1º ano da Independência do Brasil, Barra Longa foi elevada à condição de Vila, vinculada a Mariana. Já em 8/5/1823. o Bispado de Mariana desvinculou, desta cidade, as Capelas de Saúde (Dom Silvério), Santa Cruz do Charnecão (cuja Capela é datada de 5/5/1823), Abre Campo e Santana do Deserto (Rio Doce), passando-as para a jurisdição da Freguesia de Barra Longa.
Fonte – Pesquisas divulgadas em edições históricas desta FOLHA.