Repercutiu na Câmara/PN, em 29/8, recente caso de sepultamento no Cemitério do distrito de Vau-Açu, onde não havia coveiro e familiares do morto cuidaram da abertura e fechamento da cova (foto). A ocorrência foi relatada para esta FOLHA antes mesmo da sessão legislativa, com envio de fotos e vídeo pelo ex-vereador Antônio Benedito e a cidadã Cida Reis.
Guto Malta/PT referiu-se ao episódio "humilhante" em que três rapazes assumiram o enterro do avô. A denúncia ainda relata que rotineiramente um morador do distrito cobra R$ 400,00 para assumir o sepultamento, havendo – em situações extras – desconto de 50%.
O vereador petista comentou recente pedido de informações de Wagner Gomides e Suellenn Fisioterapeuta/ambos do PV por conta de episódio similar no Cemitério do distrito do Pontal (leia aqui) em 19/4/2021.
"Sei que há uma sindicância municipal (leia abaixo) para normatizar os procedimentos, ainda mais considerando-se que, no caso de Vau-Açu, a gestão do Cemitério caberia à Paróquia São Sebastião", declarou Guto.
"Precisamos saber quais são os desdobramentos da providência tomada pelo Executivo via Procuradoria Jurídica. Afinal, as pessoas se submetem a mais este constrangimento ao providenciar o sepultamento de um ente querido", continuou o vereador.
Fiota/PSDB aproveitou para cobrar a efetividade de lei municipal – decorrente de projeto do ex-vereador Hermano Santos/PT – prevendo custeio municipal para sepultamentos requeridos por famílias em situação de vulnerabilidade.
Depois da ocorrência no Cemitério do Pontal, o prefeito Wagner Mol/PSB e Juliana Gomes Pereira, secretária de Assistência Social e Habitação/Semash, reforçaram em nota de 24/4/2021 a instauração de procedimento administrativo visando “apurar de forma incisiva a responsabilidade dos concessionários envolvidos, com aplicação das penalidades previstas em lei". Assinala o documento que cada cemitério é gerido pela Paróquia Interveniente em parceria com as funerárias da cidade.