As condições do transporte coletivo de Ponte Nova voltaram a ser assunto na Câmara de Vereadores em 29/8. Guto Malta/PT sugeriu nova audiência pública sobre o tema depois de flagrar, na noite de 27/8 na BR-120, ônibus da linha Vau-Açu/PN trafegando com um farol dianteiro apagado.
Dizendo-se "estarrecido" com o episódio, Guto se referiu ainda a recentes denúncias de ônibus supostamente circulando sem vidros em janela, sem banco de passageiro e sem a devida limpeza interna".
Citando o subsídio municipal de R$ 600 mil no preço da passagem cobrada pela concessionária (São Jorge AutoBus), o vereador perguntou: "Até onde vamos premiar a ineficiência do transporte público? O transporte de qualidade ainda não chegou aos usuários."
Comissão Tarifária
Integrante da Comissão Tarifária Municipal/CTM junto com Emerson Carvalho/PTB, Zé Roberto Júnior/Rede lembrou que o Legislativo aprovou projeto de lei do Executivo prevendo subsídio geral de R$ 6 milhões [para não se reajustar o preço da passagem] "e continuamos recebendo reclamações sobre a qualidade dos serviços prestados".
Zé Roberto e Emerson mencionaram o assunto em recente reunião da CTM citando regras condicionantes para o subsídio. Desabafou o vereador da Rede: "É inconcebível um ônibus sair de sua garagem com a campainha defeituosa. Nenhum veículo pode sair com farol queimado."
O outro lado
Esta FOLHA concluiu tal notícia aguardando posição oficial do Departamento Municipal de Trânsito/Demutran, acionado pela nossa Reportagem na manhã de 30/8. Diretor da São Jorge, Flavinho Andrade divulgou nota com estes esclarecimentos:
"- A São Jorge realiza manutenção corretiva diariamente na sua frota, o que não impede que no decorrer do dia se queime um farol ou se arrebente uma cordinha da campainha, dentre vários outros imprevistos de manutenção que possam ocorrer durante o percurso.
– A respeito da limpeza, todos os ônibus, sem exceção, quando chegam na garagem no período da noite, são lavados e higienizados, mas durante o percurso eles inevitavelmente vão sujar-se, principalmente os ônibus da zona rural, que andam por estradas de terra.
– Com relação ao subsídio, a São Jorge jamais recebeu um subsídio de 600 mil reais: o valor é variável e é calculado de acordo com o número de passageiros transportados X o custo do transporte naquele mês de referência. Basta verificar no Portal da Prefeitura.
– Desde que começou esta política de subsídio, foram feitas várias exigências para a empresa e estamos cumprindo à risca tudo que foi proposto até então.
– A São Jorge está aberta aos questionamentos e achamos importante ter uma audiência pública sobre o transporte, pois, assim, podemos ouvir as demandas da população para buscar novos patamares de transporte de qualidade em nossa cidade."