O fim de semana (4 a 7/8) foi marcado por focos de incêndio em matagais no entorno de Ponte Nova e, por consequência, com muita fuligem em moradias de diversos bairros. As notícias oficiosas referem-se a uma sequência de queimadas criminosas, com fogo ateado em mato seco.
O caso mais evidente foi o de encosta do bairro Vale Verde, na noite de 3/8 e madrugada seguinte. Moradores das imediações reclamaram da demora do atendimento pelo Corpo de Bombeiros/CB. Comandante do CB, tenente Neylor Garcia mencionou o atendimento a três grandes focos de fogo no fim de semana.
Esta FOLHA apurou que em alguns casos o combate às chamas conta com apoio popular e de caminhões-pipa do Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes.
Nesta segunda (8/8), o diretor-geral do Dmaes, Anderson Sodré, lamentou a proliferação dos focos de incêndio, acusou atos de vandalismo e relatou casos de fogo danificando a rede de água (em tubos de PVC). "Neste fim de semana, houve danos em redes no bairro Estrela da Mata e no distrito de Vau-Açu", informou ele.
Veículos incendiados
A temporada de queimadas surge com acidentes em rodovias. Na noite de 4/8, uma carreta se incendiou às 21h20 na BR-120, nas imediações da Santinha do Vau-Açu. Não houve vítimas, mas o caminhão teve "perda total", como relataram motoristas que gravaram a cena com seus celulares.
Já em 5/8, um veículo Corsa pegou fogo no Anel Rodoviário/PN, entre os trevos do bairro Rasa e do acesso à MG-329. O motorista não se feriu e houve alerta extra, pois o fogo danificou matagal à margem da rodovia, assim como se verificou no caso do caminhão.
Caso do caminhão
Quanto ao caminhão, o registro do CB refere-se a veículo transportando combustível. O motorista Mário Lázaro Marçal, da empresa Cooperal/Betim, informou que as chamas começaram na cabine e se alastraram para o tanque, onde havia carga de gasolina e óleo diesel. As chamas – de grandes proporções e pelo temor de explosão – interromperam o trânsito por algum tempo.
Parte do combustível vazou e o fogo afetou a vegetação "gerando incêndio descontrolado". Atuaram o sargento Malta, o cabo Thales e o soldado Luís Fernando. Eles acionaram a Polícia Militar para registro de praxe e informaram sobre consumo de cerca de 5 mil litros de água.
A guarnição dos bombeiros isolou o local e priorizou o combate ao incêndio nas áreas próximas do veículo, "o que ajudou bastante na visualização do foco principal e depois no combate às chamas no tanque de combustível", como constou no boletim de ocorrência.