A Delegacia de Homicídios e Crimes contra a Vida concluiu, nessa quinta-feira (14/7), investigação de homicídio tentado em 5/7 contra dois dois homens no campinho do bairro Cidade Nova. Como averiguou este Jornal, trata-se de Wellington Amorim Soares, morador do bairro Cidade Nova, e Wenderson Wemerson da Silva, do bairro de Fátima.
Ambos receberam tiros de raspão nos braços e nas costas, sendo medicados no Hospital Arnaldo Gavazza e obtendo alta na mesma data. Eles disseram que conversavam ao ar livre, quando um indivíduo se aproximou, sacou um revólver, efetuou ao menos seis disparos e fugiu. Omitiram, todavia, informações sobre o atirador e o motivo do atentado.
De posse de informações anônimas, a Polícia Militar deteve um suspeito (esta FOLHA o identificou como sendo Luiz Carlos Castro da Silva/Luizinho) escondido na casa de vizinha, de onde ele tentou sem sucesso fugir dos PMs. De acordo com o boletim de ocorrência, ele confirmou a autoria dos tiros, mas na sede da Delegacia de Polícia negou participação no crime.
A PC informou em nota que no cômodo onde Luizinho estava os militares encontraram sete munições de calibre 38 (sendo uma intacta), o mesmo calibre dos projéteis que acertaram Wellington e Wenderson. "A partir daí, a Polícia Civil realizou investigação sobre todos os envolvidos, chegando ao provável motivo da ação, bem como confirmando a autoria do crime", relatou o delegado Gilzan Lessa.
O suspeito da autoria dos tiros alegou perante a PM que a dupla o ameaçou de morte "por conta de rixa não explicada". A Polícia Civil investigou o caso mencionando vínculo com o tráfico de droga. Por fim, o delegado concluiu o inquérito apontando "homicídio tentado, qualificado por motivo torpe e por uso de meio que dificultou a defesa das vítimas".
Esclarece o delegado Gilzan: "O procedimento será enviado ao Ministério Público, que poderá valer-se da investigação para oferecer denúncia e, após análise pelo Poder Judiciário, submeter o indiciado [que continua preso] ao julgamento pelo Tribunal do Júri."
Nossa Reportagem verificou que Luizinho respondeu a dois processos criminais por roubo (processo iniciado em 2012) e furto (desde 2019), sendo condenado em ambos os casos respectivamente em fev/2020 e julho/2021.