
Parceria entre a Fundação Ezequiel Dias/Funed e a Superintendência Regional de Saúde/SRS viabilizou, entre 6 e 9/6, curso para profissionais de Vigilância Epidemiológica dos municípios com vistas à prevenção e combate à febre maculosa.
No primeiro dia, houve conteúdo teórico na sede da SRS, com apresentação do cenário epidemiológico da região e noções sobre a importância do trabalho in loco para a vigilância. Nos demais dias, ocorreram atividades de campo, com apoio da Secretaria de Saúde de Rio Casca, em fazendas que apresentaram registros de casos (leia também aqui e aqui).
Segundo Graziele Menezes Ferreira Dias, referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica/Nuvepi da SRS, o treinamento buscou tratar da epidemiologia das doenças transmitidas por carrapatos, das rotinas de encaminhamento de materiais biológicos para análise laboratorial, das atividades de campo e do uso adequado de equipamentos de proteção individual e coletiva.
“O trabalho de campo consiste na coleta de espécimes de carrapatos, conforme 'técnica de arrasto', e na catação em animais. Os insetos são enviados ao laboratório da Funed visando à identificação taxonômica e posterior análise da bactéria Rickettsia rickettsii”, esclareceu Graziele em nota da Superintendência.

Considerando a distribuição dos casos segundo municípios de ocorrência e ano de sua notificação, nota-se predominância em Ponte Nova, Raul Soares e Santa Cruz do Escalvado: "Estes são ribeirinhos e com atividade de pesca (sabidamente áreas de maior risco), podendo haver hospedeiros dos carrapatos (cavalos e capivaras) em terrenos de pastagens, matas, rios, lagos e lagoas."
Embora os demais municípios da área de abrangência da SRS/Ponte Nova não tenham registro de casos, o curso foi ofertado a todos, "pois é importante incentivar a vigilância de ambientes da febre maculosa em áreas consideradas silenciosas para presença da doença".