
Três shows, apresentação de grupos culturais regionais e o evento “Ciranda da Semente”, envolvendo famílias e comunidades quilombolas, encerraram na tarde de 1º/5, na Escola Família Agrícola/EFA Paulo Freire, em Boa Cama/Acaiaca, a 30ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras, cujo tema foi este: “Pacto pela vida: um grito contra a perda de direitos”.
A iniciativa foi da Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese de Mariana, da Paróquia São Gonçalo e da EFA, com aval de diversos parceiros. No aspecto local, houve denúncia dos impactos das obras de recuperação pró-lama da Barragem Fundão em áreas urbanas e rurais de Acaiaca.
Logo cedo, houve concentração no Restaurante Fogão à Lenha, no quilômetro 23 da MG-262.
'Fora Bolsonaro!'

“Denunciamos a realidade do povo em todo o país, particularmente os daquela região, pois vivem hoje as mazelas deixadas pelo crime da Samarco/Vale do Rio Doce, atingindo famílias, degradando a terra e matando pessoas, rios, animais e florestas. Refletimos, durante a caminhada, sobre a questão do desemprego e a inflação atual que atinge todos os brasileiros. Só com luta, resistência e união vamos superar esta conjuntura”, escreveu o padre/deputado no dia seguinte à manifestação.
Discursos similares se sucederam nas manifestações de sindicalistas, representantes de movimentos populares e convidados. Destaque para os desabafos contra a crise política nacional nos pronunciamentos de:
– Leleco Pimentel, membro da Comissão de Meio Ambiente da Província Eclesiástica de Mariana e integrante da Rede Igreja e Mineração; diretor da EFA, Gilmar de Souza Oliveira, integrante da Comissão para o Meio Ambiente da Província Eclesiástica de Mariana; e Pedrinho Catarino, falando em nome dos movimentos quilombolas.

A defesa dos direitos dos trabalhadores do Brasil marcou ainda o pronunciamento do padre Geraldo Martins, coordenador da Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese.
Padre Geraldo esteve no altar (com outros sacerdotes), durante a missa dirigida pelo padre Luiz Paixão, administrador da Paróquia São Pedro/Ponte Nova. “Nós, cristãos, devemos ser solidários na defesa de direitos e de dignidade”, disse o padre Paixão.