Em março de 2020, oficializou-se a Covid-19 como uma pandemia, e a população mundial ainda não tinha ideia de que viveria período terrível, precipitando mudanças de comportamento social e queda no cenário econômico.
Dois anos depois, o mundo se recupera desta que foi a pior crise sanitária, a qual já matou mais de 620 mil brasileiros, entre eles 221 moradores de Ponte Nova. Valer dizer, focando no cenário do Vale do Piranga, que tivemos os reflexos socioeconômicos globais, especialmente por conta dos danos decorrentes da desigualdade social elevada.
Uma coisa é certa: o coronavírus evidenciou a necessidade de ter vigorosa agenda de saúde pública de inserção sanitária, social, econômica e ambiental.
Uma constatação é óbvia: sem o negacionismo de quem está no Poder Federal – e de seus seguidores -, teríamos certamente um colapso menos grave (se podemos chamar assim) do sistema de saúde, refletindo-se em menos mortes e indicadores menores de infecção. Na mesma perspectiva, podemos avaliar que a imunização estaria universalizada de fato.
Chegamos, pois, em 22/3/2022 com somente dois casos positivos (em 24 horas) da doença em Ponte Nova e oito contaminações numa semana. Já na vacinação, efetiva-se a busca ativa, pois o total imunizado não chega aos 100%. Vejamos o vacinômetro de 21/3: registram-se 52.606 primeiras doses (87,6% da população), 48.705 segundas doses (81,1% da população), 3.419 doses únicas (5,7% da população) e 20.692 doses de reforço (51,1% da população).
Esta FOLHA noticiou em 18/3 a ausência de cerca de 500 crianças para tomar a segunda dose de vacina, e o total imunizado passou dos 3 mil, num cenário de cerca de 5 mil crianças com idade entre 5 e 11 anos. Não por acaso, na missa das 9h na Igreja Matriz São Pedro/Palmeiras, padre Luiz Paixão recepcionou comitivas dos que vão fazer a primeira comunhão e desabafou:
“Quando começou a pandemia, todos os católicos rezavam pela cura desta doença. A vacina está aí e tem gente se recusando a tomar as suas doses. Pior: sabemos de pais católicos que não levam seus filhos para serem imunizados. Isso é um grande pecado social!”
Desabafos à parte, registramos com orgulho que o enfrentamento da Covid mobilizou intensamente esta FOLHA, a ponto de editarmos, há dois anos, uma terceira página semanal para ampliar a temática da saúde e da qualidade de vida.