Na assembleia dessa segunda-feira (21/2), após manifestações durante a manhã e a tarde, na área central de BH, integrantes das forças de segurança de Minas Gerais aprovaram paralisação para forçar o Governo/MG a editar projeto de lei garantindo a recomposição salarial das categorias, que incluem Polícias Militar, Civil e Penal e o Corpo de Bombeiros.
De Ponte Nova, em dois ônibus, viajaram 85 pessoas, incluindo 11 agentes penitenciários, 14 policiais civis (investigadores, escrivães e delegados) e, num volume maior, militares da ativa e da reserva.
Após o protesto, que reuniu cerca de 20 mil policiais, as forças de segurança de Minas decidiram entrar em greve. A paralisação começa, nesta terça (22/2). De acordo com lideranças do movimento, o expediente mínimo de 30% está garantido.
No caso dos policiais e bombeiros militares, a orientação é para permanecerem dentro dos quartéis, numa premissa que tem pouca adesão no interior.
Representados por suas entidades de classe, os manifestantes salientaram que o Governo de Minas não atende estes servidores desde 2019. Além do mais, o governador Romeu Zema/Novo não cumpriu acordo feito em 2020 sobre aumento de 41%, dividido em três parcelas previstas em projeto enviado à Assembleia Legislativa. Zema desistiu do reajuste oferecido e só pagou a primeira parcela de 13%.
Resposta
Em entrevista à imprensa da Capital, o secretário-geral do Governo de Minas, Mateus Simões, disse que o Estado busca alternativas para garantir o reajuste reivindicado: "A gente reconhece que houve perda do poder de compra dos servidores como um todo e dos policiais, especialmente porque não houve recomposição durante o mandato do último governador (Fernando Pimentel/PT)."
Mateus continuou: "Infelizmente, a questão não é um reconhecimento desse direito. É a falta de condições do Estado, diante das liminares do STF, de conceder este reajuste agora. Nós estamos atrás de alternativas para promover a recomposição da perda inflacionária, especialmente desse último ano, em que a inflação foi muito severa.”