
As persistentes “chuvas de verão”, marcadas por temporais ao entardecer e principalmente durante a madrugada, vêm deteriorando ainda mais as condições de ruas e avenidas de Ponte Nova, afetando sobremaneira as estradas rurais. Na madrugada de 15/2, por exemplo, a forte chuva derrubou pontes e danificou estruturas de drenagem pluvial em diversas regiões.
Moradores de bairros distintos registram seguidamente, pelas redes sociais, o surgimento de buracos e afundamento de calçamento e asfalto, bem como acidentes provocados pela lama.
Um desses casos é o do ex-conselheiro tutelar Fabrício Castro, cujo veículo (usado para transporte de passageiros via aplicativo) caiu num trecho de barro de rua da Vila Oliveira, durante a chuva da noite de 10/2. O motorista e os três passageiros não se feriram, com Fabrício só conseguindo guincho para remoção do veículo na manhã seguinte.
Declarando que o local – afetado por obra municipal interrompida – não estava devidamente sinalizado, Fabrício remete o seu drama para todos os condutores que deparam com trechos em obras pela cidade e acena com os crescentes perigos.
O motorista, cobrando atuação “desses governantes”, relaciona seus prejuízos: “R$ 1,3 mil pela embreagem e afins, e isso, se não tiver acontecido nada com amortecedores, rodas etc. O para-choque foi um pouco danificado. Espero que não tenha acontecido nada com o motor.” Esta FOLHA repassou as reclamações à Prefeitura.
Outro reclamante
Outro pontenovense/assinante desta FOLHA relatou na semana os problemas das ruas do bairro Fortaleza e desabafou: “Na maioria das vezes, não sou atendido pelo telefone da Secretaria Municipal de Obras/Semob. Quando atendem, dão desculpas do efeito das chuvas.” Ele destacou outros pontos críticos, como os do bairro Santo Antônio, onde, desde a rua Francisco Abrantes Fortuna até o quarteirão abaixo da rua Santo Antônio, seguidos buracos indicam afundamento do asfalto.
Informe da Semob
Ouvido por este Jornal, o secretário de Obras, Luizinho Borges, lamentou a extensão do período chuvoso, o qual não permite intervenções, a não ser em caráter emergencial, como ocorreu nesta semana para retirada de lama no bairro Central. “Esperamos a estiagem para abrir frentes de trabalho pela cidade”, resumiu ele para destacar:
“No caso da Vila Oliveira, a rua Pedro Nunes Pinheiro recebeu obras de rede pluvial e esgoto, mas não há como asfaltá-la enquanto perdurar o tempo chuvoso.
No bairro Santo Antônio, há evidente dano no subsolo e o problema só pode ser resolvido com ampla intervenção, abrindo-se o leito de trechos das duas ruas citadas para instalação de nova rede pluvial.”
Borges referiu-se também ao buraco na rua Felisberto Leopoldo, próximo da sede da Polícia Civil, onde, segundo o que disse um cidadão a esta FOLHA, populares instalaram um sofá velho “para a gente sentar e esperar o trabalho municipal”. Garante Luizinho: “Fomos até lá, iniciamos os reparos emergenciais para garantir o tráfego e vamos efetuar reparo no asfalto.”