No fechamento desta edição ontem, 5a-feira (8/7), o Comitê Extraordinário de Covid-19 manteve a Macrorregião Leste do Sul na Onda Vermelha do Programa Minas Consciente, esperando-se orientações sobre a volta às aulas por conta da redução da incidência da Covid-19 (leia em Folhetadas, nesta página).
Oportunamente, prossegue em Ponte Nova o debate sobre o retorno do ensino nas escolas privadas, como mostramos nas páginas 4 e 5. Não registramos nestas páginas a mobilização de grupos de pais que são contra a reabertura dos estabelecimentos de ensino por causa do risco de propagação do vírus nas salas de aula.
Há ponderações pertinentes, como, por exemplo, a falta de conclusão da vacinação dos professores do ensino público, cuja segunda dose deve ser aplicada em setembro.
O fato é que a abertura das escolas, considerando-se novos critérios, só será possível pela redução dos indicadores epidemiológicos de contaminação em cada cidade.
Sabe-se que, no caso da Rede Estadual de Educação em municípios na Onda Amarela (e na Onda Vermelha, com otimistas indicadores), o Governo/MG declara que há monitoramento de situações de contaminação e verificação atenta da segurança dos protocolos sanitários.
Especialistas analisam, pelo Brasil afora, as propostas de retorno híbrido, especialmente para as escolas públicas, cujas infraestruturas são evidentemente mais vulneráveis que as dos estabelecimentos de ensino privado.
Acenam ainda com o “distanciamento” na formação de quem estuda nas escolas públicas, pelo fato de as escolas pagas terem arcabouço bem mais complexo para dimensionar a nova fase da relação ensino-aprendizagem.
É possível retomar a rotina letiva, inclusive com o alerta expresso em experiência de países mais organizados que o nosso, digamos assim, onde se decidiu pela volta às aulas e foi preciso voltar para o regime remoto por conta da alta contaminação.
O fato é que, no pano de fundo deste cenário, enfatizam-se, pelo mundo afora, os efeitos maléficos do distanciamento social imposto a crianças e adolescentes. Percebe-se, pois, o quanto é complexo o equacionamento de tais problemas. Fica o desafio, a ser encarado por todos os envolvidos no processo educacional.