Repercutiram, na semana passada, declarações do pneumologista Rovilson Lara, diretor-clínico do Hospital Arnaldo Gavazza, com alerta sobre os efeitos da seca prolongada na saúde humana. Falou também o médico Gilmar Aleixo, do Sammdu:
"Já estamos há muitos meses sem chuva, a umidade relativa do ar está baixa e o cenário é agravado pelas queimadas que aceleram a poluição do ar. Isso aumenta o quadro de distúrbios em quem tem doenças respiratórias, como asma, bronquite e enfisema", disse Rovilson para acrescentar:
"Quando se juntam essas condições climáticas à saúde humana, uma irritação das vias aéreas leva às exacerbações, crises de bronquite, crises de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), rinite, obstrução nasal e sinusobronquites.
O aconselhamento do médico é este: tentar amenizar o clima seco com umidificação de ambientes via aparelho próprio, deixando vasilhas com água ou toalhas molhadas na sala e no quarto. Ele cita ainda a hidratação corporal, incluindo a mucosa nasal, e reitera:
– Uma pessoa de cerca de 70kg deve tomar de 2,5 a 3 litros de água por dia para compensar as perdas provocadas pela seca.
Rovilson continua: "Todos devem ficar atentos aos sinais de descompensação das doenças crônicas: bronquite, tosse, pigarro e a conhecida 'chieira', entre outros sinais, que resultam em internações hospitalares."
No entender dele, se houver medicação adequada e surgirem sinais de alerta, deve-se procurar o médico familiar, nas unidades de saúde ou no pronto atendimento hospitalar: "Afinal, pode ser uma exacerbação, mas também pode ser um processo infeccioso pulmonar."
Gilmar Aleixo
Já o médico Gilmar Aleixo gravou vídeo no Sammdu: "Estamos recebendo muitos casos de pacientes com diarreia, vômito e gastroenterite. Neste momento, é importante que a pessoa se hidrate bastante, consuma alimentos bem preparados e leves, higienize bem as mãos, especialmente antes e depois de ir ao banheiro."
Seu principal conselho: "Se os sintomas forem leves e moderados, procure o Posto de Saúde ou o Sammdu. Devemos deixar os hospitais mais livres para receberem os casos mais graves, urgentes."