Em 7/1/1890, o major Manoel Olímpio Soares tomou posse como presidente da Câmara, cumprindo mandato até 30/4/1892, sendo reeleito para o período de 1892/1894. Comerciante, este guarda imperial se destacou, contudo, na campanha republicana, com a Proclamação em 15/11/1889. Nessa data, o Governo do Estado nomeou o senador Antônio Martins, José Ribeiro Bhering e Antônio Ferreira da Costa Lima para o Conselho Local de Intendência, substituído em 1891 por Francisco Vieira Martins, Caetano Marinho e Alfredo Dumas de Andrade.
Em 1890, houve ampliação da rede de água potável na sede do município. Outros fatos desse ano: em 6/2, o Distrito de Ribeirão Vermelho (pertencente a Ponte Nova) é incorporado a Caratinga. Em 7/5, criado o Distrito do Grota, vinculado a PN e depois a Jequeri (em 7/9/1923). Em 27/6, criação do Distrito de Rio Casca, pertencente a Ponte Nova, e instituição do Distrito de Paz de Rio Doce, ligado a Mariana, abrangendo os Povoados de São Sebastião do Soberbo e Sant’Ana do Deserto. Em 8/8/1890, Rio Doce passa a pertencer a Ponte Nova. Em 10/11, o Termo de Viçosa se desmembra da Comarca Judiciária de Ponte Nova e se torna Comarca Independente.
Iniciou-se em 1891 a obra do Matadouro Municipal. Em 1892, construção de rede de água no Distrito de Jequeri, de captação de água no Distrito de Santa Cruz do Escalvado e de canalização de água na rua da Olaria.
Com a Constituição Federal de 1891, começam as eleições diretas para chefe do Poder Executivo e integrantes do Legislativo, com implantação dos Conselhos Distritais. Em Ponte Nova, estes eram os Distritos Civis e seus presidentes: Bonsucesso do Urucu/Francisco Elias Alves, Nossa Senhora da Conceição do Casca/José Cupertino Teixeira Fontes, São Pedro dos Ferros/Antônio Alves de Carvalho, Sant’Ana do Jequeri/Modesto Augusto Gomes, Santa Cruz do Escalvado/Augusto Rodrigues Sette Câmara, Nossa Senhora do Amparo do Serra/João Affonso de Souza e São Sebastião do Grota/Francisco Ferreira Velloso.
Estabelecida em 13/11/1891 a 1ª Divisão Administrativa e Judiciária de Minas Gerais, com 115 Comarcas. PN era a 71ª, mas já possuía essa denominação desde 18/10/1883. A Comarca foi crida em 15/11/1873 com o nome de Comarca do Rio Turvo. Já em 1892, surge a denominação de Comarca de Ponte Nova.
O Município de PN tinha em 31/12/1892 as seguintes Paróquias: Nossa Senhora da Conceição do Casca, Nossa Senhora da Conceição do Serra, Nossa Senhora da Piedade, Sant’Ana de Jequeri, Santa Cruz do Escalvado, São Pedro dos Ferros, São Sebastião do Grota, São Sebastião da Ponte Nova e Urucu (Urucânia). E estes eram seus principais Povoados: Barra de Sant’Ana, Boa Vista, Cachoeira Torta, Lage, Poço Grande, Pontal, Sant’Ana do Pau do Cedro, Santa Cruz, São Bento, São José de Oratórios, São Sebastião do Soberbo, Ribeirão e Trindade.
Promulgou-se em 21/4/1893 a Lei Orgânica de Ponte Nova. Nesse ano, houve uma grande reforma na “ponte nova”.
Em 1894, com a seca e falta de mão de obra rural, criou-se o Mercado de Emergência, com o Poder Público comprando gêneros alimentícios a serem distribuídos à população. Olympio deixou o cargo com a aquisição da Fazenda de Palmeiras, que deu origem ao atual bairro com este nome.