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Há 155 anos, a emancipação política de Ponte Nova

Ponte Nova tem hoje extensão territorial de 471,87 quilômetros quadrados, com sua área de influência sendo a Microrregião do Vale do Rio Piranga (Zona da Mata Norte). Possui 43 bairros, 2 distritos (Vau-Açu e Pontal) e 17 comunidades rurais.

O perímetro urbano de Ponte Nova está a 180km de Belo Horizonte, 781km de São Paulo (SP), 420km do Rio de Janeiro (RJ), 920km de Brasília (DF) e 392km de Vitória (ES), Estado com o qual Ponte Nova já fez divisa.

A extensão original do Município e a conquista de autonomia das cidades vizinhas motivaram esta pesquisa, tendo como referência a chegada, em 1763, de padre João do Monte Medeiros, instalando a Fazenda do Vau-Açu (hoje, Fazenda Santa Helena), seguindo a rotina de sesmeiros que aqui se radicaram.

 Em 1º/7/1770, padre João do Monte conseguiu, no Bispado de Mariana, autorização para construir – em 6 meses – uma Capela em louvor a São Sebastião e Almas de Ponte Nova.

 Assim, o Arraial adquiriu personalidade canônica, o que determinou, jurídica e administrativamente, a sua projeção política, contando com importantes fazendas (Pontal, Chopotó, Engenho, Paciência, Quebra-Canoas e Quartéis).

 Em 1781, o governador da Província das Minas Gerais, dom Rodrigo José de Menezes, determinou a abertura de caminhos e estradas em nossa região, inclusive a “construção de uma robusta ponte” – a ponte nova! – sobre o rio Piranga, em substituição às anteriores, todas derrubadas por cheias do rio e/ou incêndios provocados pelos índios.

No começo, as sesmarias

A abertura de caminhos e estradas estimulou o fluxo de viajantes e tropeiros, contribuindo para o progresso de vários sesmeiros. Eis alguns deles:

– Antônio Gonçalves Torres/Fazenda do Pontal, Sebastião Marques/Fazenda dos Oratórios de Baixo, José do Valle Cunha/Fazenda dos Oratórios de Cima, Aleixo Alves Coura/Fazenda do Pombal, Domingos Alves Torres/Fazenda do Engenho e irmãos Ferreira de Sousa (Manoel, Antônio José, João e Joaquim, sendo padres os três últimos), donos da Fazenda Quebra-Canoas.

Esses e outros sesmeiros ganharam influência política em Vila Rica, então Capital da Província, uma vez que a produção agropecuária de Ponte Nova abastecia o comércio da Capital e de sua vizinha Mariana e se fortaleceu nas décadas seguintes.

A região atraiu também políticos de Vila Rica, situada “apenas” a 14 léguas (uma légua equivale a 6,6km) de Ponte Nova.

Um deles, o Barão do Pontal (Manuel Ignácio de Melo e Souza), que foi deputado, governador e depois senador da Província, comprou a Fazenda do Pontal e aqui passou boa parte de sua vida, ouvindo rotineiramente apelos para a evolução político-administrativa do Povoado.

Para se ter uma ideia da evolução dos fatos, Ponte Nova tinha em 1847 Comando Superior de Guardas Nacionais e um Colégio Eleitoral composto de 138 eleitores (todos homens e fazendeiros).

Na agricultura, havia 140 engenhos de cana (produzindo açúcar, aguardente e rapadura) e proliferava a cultura de café.

A população do Povoado era de 3.600 pessoas, somando 55.370 almas em todo o Município e contando com 7.604 escravos matriculados na Coletoria do Município.

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