Na reunião de 21/10 da Comissão de Serviços Públicos Municipais da Câmara de Ponte Nova, Wellerson Mayrink/PSB teve apoio de Emerson Carvalho/PTB para propor ao presidente Antônio Pracatá/MDB a criação urgente de Comissão Especial de Acompanhamento de Obras.
A proposição surgiu quando se debatia o projeto do Executivo que altera artigo da Lei de Ocupação do Solo e Zoneamento do Município, tendo em vista as seguidas cobranças de obras inacabadas ou de qualidade questionável.
Pouco depois, na Tribuna Livre da reunião da Câmara dessa quinta-feira (21/10), o cidadão Carlos Henrique de Oliveira citou tais obras, depois de percorrer o município, “coisa que o secretário de Obras [Luiz Borges] e o prefeito [Wagner Mol/PSB] não fazem para não ver o que eu vi".
Ele mostrou fotos e trouxe reclamações. "Caminhei ao lado dele, pedi voto para ele e as pessoas vêm cobrar, até hoje, algumas demandas", disse Carlos, que preside o Diretório do PSDB, acrescentando que “no ano passado muitas empreiteiras receberam e não entregaram as obras”.
Ao mostrar fotos de "situações dramáticas" pela cidade, Carlos admitiu o erro ao apoiar a reeleição de Wagner Mol.
Ele se referiu ao estado das ruas Desembargador Paula Mota, Nair Augusta Pires e Pedro Nunes Pinheiro, as três na Vila Oliveira. "Sei de caso de morador doente que não teve como receber ambulância na porta de cada. Isso é um absurdo. É inadmissível! A pessoa abre buracos em várias ruas e acha bonito para mostrar que está fazendo obra. Que obra é essa que não termina?”, inquiriu o dirigente tucano. Carlos mostrou fotos ainda de obra inacabada na rua Coronel Emílio Martins/bairro de Fátima, de erosão e lama na av. Orion/Cidade Nova e de "crateras" em asfalto/calçamento pela cidade afora.
“Cadê a máquina de asfalto que custou R$ 700 mil, num total de R$ 1,2 milhão para instalação de todos os equipamentos?”, inquiriu ele. O cidadão contou o suposto caso de criança que caiu numa cratera (e quebrou a perna direita) em rua do bairro São Pedro.
"Que ele [Wagner Mol] não venha pregar a palavra dizendo que é temente a Deus, como fez em recente evento da TV Educar, e logo em seguida não deu apoio nenhum ao Dia de Nossa Senhora Aparecida”, frisa Carlos.
Vereadores
André Pessata/Podemos sugeriu a criação de lei com multas maiores para empreiteiras inadimplentes com suas obras. Wellerson Mayrink/PSB desabafou: "Somos 13 vereadores e o prefeito é um só. Pedi todas as cópias licitatórias de obras, pois eles [os da Prefeitura] só fazem buracos e param. Quantos processos existem contra as empreiteiras? Esta Casa tem que tomar a iniciativa, porque, se a cidade não tem prefeito, tem que ter vereador.”
Declarou Wagner Gomides/PV, apoiando a instalação da Comissão Especial de Obras; “O menos importante é buscar o culpado, e sim resolver o problema, depois achar o culpado para pagar a conta. E não pode ser o povo.”
Esta proposta recebeu o aplauso também de Guto Malta/PT, que sugeriu: "Temos que fazer parceria com os Cursos de Engenharia Civil da Unipac e da UFV, o pessoal do Crea/MG e empresas juniores.”
Emerson Carvalho/PTB disse que a cobrança popular é "intensa: física e virtualmente", acrescentou Sérgio Ferrugem/Republicanos. Aninha de Fizica/PSB se dispôs a levar as demandas ao Executivo e cobrar agilidade.
“Este é o momento de o prefeito assumir o ônus do cargo que ocupa”, assinalou José Roberto/Rede, enquanto disse que esse assunto está desgastante: “A população tem-nos cobrado física e virtualmente. Precisamos de solução e providências.”
O presidente Antônio Pracatá/MDB disse que a Prefeitura tem que fiscalizar e acompanhar as obras, como a da sede do PSF do bairro Santo Antônio. "Se começou tem que ir até o fim, dentro dos prazos”, frisou Pracatá, tendo apoio de Juquinha Santiago/Avante.