Luiz Carlos Itaborahy – Psicólogo – CRP 7854 – luizitaborahy@yahoo.com.br
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“Interpretar os males que afligem os humanos como simples resultado dos poderes do mal é ceder a uma concepção demasiado limitada da experiência humana.” (Francisco Catão)
O que somos, sentimos, pensamos e fazemos não é mero resultado de forças do mal ou do bem que nos regem como maestro de uma orquestra, em que notas musicais e sons dos instrumentos seguem uma padronização criativa, mas fechada na obra.
A forma como vemos a amplitude e a complexidade da vida também é resultado de estruturas psíquicas. Alguns de nós não suportam a dor da angústia, e o sentido da vida se torna tão frágil que só encontra saída no rompimento drástico com a realidade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano.
Não se trata de forças deterministas do mal, sobrenaturais ou da consoladora vontade de Deus. Encontrar caminho no auto-extermínio é resultado da perda da capacidade de reconhecer a interioridade e de redefinir-se diante da vida. É como um deslocamento do que é significativo para o insignificante, dos sonhos para a total falta de perspectiva de vida.
Em geral, as pessoas acometidas por pensamentos suicidas sentem forte dor emocional, angústia excessiva, raiva incontida e, ainda, forte sentimento de culpa, o que pode estar relacionado a transtornos psíquicos.
Transtornos mentais como depressão, bipolaridade, ansiedade e abuso de substâncias químicas são fatores que aumentam o risco de suicídio. Entre jovens e adolescentes, os abusos físicos e psicológicos, a impulsividade diante de problemas e a intolerância a frustrações podem conduzir a pensamentos suicidas. Investir no bem-estar emocional é a melhor atitude preventiva.
Diz Mário Quintana: “A arte de viver é simplesmente a arte de conviver… Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!”
Viver não é fácil, pois é processo de superação contínua. A vida se torna plena de sentido quando investimos em superações. Tomar consciência deste desafio de modo saudável é também nos reconhecermos como sujeitos capazes de transcender a concretude da vida e buscar sentidos diversos que justifiquem nossa existência e a vontade de viver.
Se você está passando por problemas semelhantes (ou conhece alguém nesta situação), procure ajuda psicológica e psiquiátrica imediatamente. Existe também a opção de ligar para 188, número do CVV (Centro de Valorização da Vida), que promove apoio emocional e prevenção do suicídio, com atendimento gratuito realizado por profissionais voluntários.