
(Notícia atualizada às 12h desta sexta-feira, 3/9)
Uma assinante desta FOLHA – moradora do Centro Histórico – procurou nossa Redação em 31/8 para registrar sua indignação e medo pelo anúncio de abertura de loja de venda de armamentos na rua Presidente Antônio Carlos.
A denunciante incluiu, no seu medo, o risco de comercialização de armas e munições, com projeção – no trecho – de “vitrine para roubos”, o que, segundo ela, pode concorrer para disseminação de insegurança social.
‘Em análise’
Em contato com a Prefeitura/Ponte Nova, nossa Reportagem, confirmou, no Setor de Fiscalização Tributária (e não de Fiscalização e Posturas, como saiu na edição impressa), o registro do CNPJ do empreendimento denominado “Armas & Cia. Viçosa Ltda.”
Uma fonte municipal explicou que a documentação da empresa está “em análise”. Trata-se, segundo a informante, de procedimento protocolar para permissão de funcionamento regular de qualquer comércio.
Outra fonte, também ligada à Prefeitura, informou a esta FOLHA que documentação pendente para abertura do comércio seria uma autorização do Exército Brasileiro, sendo que o proprietário já teria firma registrada e autorização de funcionamento expedida pelo Corpo de Bombeiros.
O advogado Édison Galdino atendeu a nossa Reportagem na condição de representante da parte societária, a qual já tem lojas similares em Viçosa e Ubá.
‘Sem alarme’
Ainda de acordo com Galdino, não há motivo de alarme pelos vizinhos: “A loja não venderá apenas armamento e munições, mas também acessórios para a prática de tiro esportivo. Para se ter uma arma de fogo, o processo é minucioso, com a população comum não precisando temer. O Exército é rigoroso. As armas também não ficam expostas na loja: elas vão para o local à medida que uma pessoa, aprovada no processo de aquisição, vai retirá-las.”
Concluindo, esclarece Édison: “A loja e o Clube de Tiro de Ponte Nova já são parte da realidade local. Faltam, no caso do comércio, apenas a finalização de questões de trâmites burocráticos e a inauguração em cerca de 60 dias. Já tivemos a visita de representante da sede do Exército de Juiz de Fora [o qual deve expedir a licença], e eu mesmo consegui, há cerca de seis meses, o alvará de funcionamento.”