Luiz Carlos Itaborahy – Psicólogo – CRP 7854 luizitaborahy@yahoo.com.br
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Pensemos um pouco sobre nossas atitudes e comportamentos. Certamente perceberemos que, em diversas situações, agimos de maneira pouco lógica, inflexível, rígida, agressiva, falsa, autoritária, submissa, incompetente e de diversas outras maneiras negativas.
Podemos considerar como normal estes comportamentos, se são passageiros e se nos acometem vez por outra. Além disso, somos capazes de reconhecer os erros, nos sentimos culpados, pedimos desculpas, prometemos não agir mais de forma inadequada, enfim, somos capazes de refletir sobre o que fizemos.
Para as pessoas que possuem algum tipo de transtorno de personalidade, porém, esses episódios não são isolados no tempo. São reincidentes e permanentes por um longo tempo ou por toda a vida.
Esses comportamentos são sintomas de que nossa personalidade não vai bem, está acometida por algum tipo de transtorno. Transtornos de personalidade caracterizam-se por aspectos desviantes do nosso comportamento que não são considerados adaptativos, normais ao bom convívio social. São perceptíveis através dos pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Pessoas com distúrbios de personalidade podem não se reconhecer com tais problemas por considerarem que estão certas em suas atitudes e na forma de se relacionarem com os outros. Podem até acreditar que são atitudes positivas. Há, contudo, também aqueles que sabem que são indesejáveis e estranhos ao ambiente e não conseguem mudar.
Transtornos de personalidade podem resultar em comportamentos extremamente nocivos para a pessoa e para aqueles com os quais o sujeito convive: suicídios; abuso de álcool e drogas; problemas interpessoais permanentes com familiares, amigos e colegas de trabalho; conflitos conjugais sérios; agressividade; violência; e outros.
A vida com sujeitos portadores de algum transtorno não é fácil e pode causar adoecimento também nas pessoas do convívio diário.
Conforme o tipo de transtorno, o tratamento pode ser demorado, mas necessário. A psicoterapia, aliada ao uso de determinados medicamentos, pode ajudar significativamente na melhora.
Cabe ao indivíduo se perceber como problema e às pessoas próximas apontarem a ele a necessidade de investir num tratamento. Antes de tudo, porém, é necessário aceitar que algo não vai bem e é possível ter uma vida emocional mais saudável.