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Protestos marcam os cinco anos da lama de Fundão

Ontem, quinta-feira (5/11), lembrou-se o quinto ano do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, afetando – com rejeitos minerais da Samarco – toda a Bacia do Rio Doce. Houve em Gesteira – comunidade barralonguense duramente afetada lama – a “caminhada dos cinco anos do crime”, como informou o Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB.

Representando a Samarco e seus sócios no processo de mitigação dos danos, a Fundação Renova não comentou as críticas. Dias antes a instituição anunciou que a 12ª Vara Federal homologou, em Belo Horizonte, acordos com oito núcleos familiares de Gesteira para aquisição de imóveis em projeto de reassentamento familiar. O entendimento ocorreu no âmbito de ação civil pública referente à reparação dos danos.

Os protestos

Antes da caminhada em Barra Longa, representantes do MAB e da Escola Família Agrícola/EFA Paulo Freire (com sede na localidade acaiaquense de Boa Cama) organizaram, com apoio de diversas entidades, manifesto à margem da MG-262.

Houve doação de cerca de 300 mudas de árvores (entre frutíferas e medicinais) em homenagem aos mortos pela lama. Já na entrega de folhetos, denunciaram-se  “o crime socioambiental, a demora na reconstrução das comunidades atingidas e o modelo de exploração mineral do país”, como informou Gilmar Oliveira, administrador da EFA.

De sua parte, as Comissões de Atingidos de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova/Chopotó tiveram apoio do Centro de Formação Rosa Fortini para exibição, via You Tube, a partir das 15h30, da live denominada “Cinco anos do rompimento da barragem de Fundão”.

Relatou a nota de divulgação da live: “As famílias atingidas continuam sem indenizações. O Território sofre todos os dias novos danos ambientais com as obras da Renova e a presença de grande volume de rejeito (mais de 10 milhões de m³) no reservatório da Hidrelétrica de Candonga.”

Acordo da Renova

Nos acordos homologados na Justiça Federal, as famílias conhecem um limite de valor para adquirir o imóvel. É este limite que orienta a procura e aquisição do imóvel desejado pela família. Caso o imóvel escolhido tenha valor inferior ao limite da proposta, a família tem direito a receber a diferença, como informou em nota Raineldes Melo, gerente da Área Social da Fundação Renova.

Ao todo, 37 famílias são elegíveis para o reassentamento de Gesteira, como ressalta a Renova, que arremata: “A restituição do direito à moradia conta com a participação da comunidade e o apoio do Ministério Público Federal e da Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social.”

Como esta FOLHA já informou, em abril/2019 a Fundação Renova concluiu a  compra de terreno de 40,41 hectares, providenciando avaliação geotécnica do solo e definição dos tipos de estruturas que poderão ser instaladas na reconstrução da vila. Informava-se que, além de 37 casas, seriam construídos salão paroquial, campo de futebol e igreja.

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