Equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Semam atuou em 31/10 na poda de árvores da espécie “pata de vaca” na calçada do chamado Camelódromo, na rua Assad Zaidan, em Palmeiras. Nesse 3/11, outra equipe atuava na retirada dos galhos.
Esta FOLHA recebeu reclamações e, pelas redes sociais, o ambientalista Alfredo Padovani, ex-secretário municipal de Desenvolvimento Rural, protestou contra a atividade, num “assunto requentado, que nada tem a ver com o período eleitoral”.
Padovani lamentou a autorização para a poda drástica da copa das árvores, sendo que “não é a primeira vez que isso acontece”. E cobrou a observância do período do ano – “quando as atividades fisiológicas dos vegetais diminuem” – favorável à poda.
O denunciante lembrou que na primavera inicia-se com intensidade o fluxo das seivas, quando há maior atividade de fotossíntese, com a esperada florada e, em várias espécies, o surgimento dos frutos.
Para Padovani, integrantes do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente/Codema deveriam interferir no caso – “um crime ambiental” -, pois há cerca de dez anos o Codema aprovou norma técnica orientando o Executivo a não promover podas no perímetro urbano nos meses de outono, primavera e verão.
Arguiu Padovani, que em seu protesto obteve adesão de diversos internautas: “Será que não pensam nem um pouco nas condições ambientais? Estamos entrando no período mais quente do ano. As temperaturas estão cada vez mais altas. Esta parte de Palmeiras tem sofrido um grande processo de impermeabilização do solo. Como tem coragem de falar que adotam políticas sustentáveis? Alguém tem de pagar por isso!”
O outro lado
Ouvido opor esta FOLHA, o dirigente da Semam, Bruno do Carmo, explicou o seguinte: “Toda poda é acompanhada e/ou orientada por técnico da Secretaria e realizada por equipe qualificada. Em alguns casos a poda drástica se faz necessária.”
Lamentando que “infelizmente em período eleitoral apareçam os oportunistas”, Bruno salienta que, de fato, o período de poda vai de março a setembro, “período em que nossa equipe atende todos os bairros. Após esse período, há o atendimento por demandas de risco e condições fitossanitárias de cada árvore, incluindo queda de galhos, ocorrência de ervas etc.”