O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado/Gaeco (vinculado ao Ministério Público/MP) e a Coordenadoria Regional Superintendência Regional de Meio Ambiente (com sede em Ubá) tiveram apoio das Polícias Militar e Civil para deflagrar, ainda em 29/10, a Operação Nematoide 2. O objetivo foi apurar a prática de corrupção passiva e ativa, associação criminosa e crimes ambientais, com ações mantidas em sigilo ainda nesta semana.
Trata-se da segunda fase da referida Operação, deflagrada em 31/10/2018. As investigações apontam para o pagamento de propinas a funcionários públicos e a falsificação de documentos e relatórios em processos administrativos de licenciamento ambiental, como informou o MP. Nesse 29/10, ocorreram diligências – seis mandados de busca e apreensão – em Belo Horizonte, Rio Pomba, Divinésia e Urucânia.
Na casa de funcionário da Supram (entre Divinésia e Ubá), apreenderam-se munições, sementes de maconha e informações referentes ao cultivo da planta. Noutro imóvel vinculado ao servidor público, os militares encontraram estufa para o cultivo da droga, com 200 plantas e grande quantidade de folhas colhidas e acondicionadas em dois sacos plásticos.
Em endereços não revelados, nas cidades acima e em Urucânia, recolheram-se aparelhos celulares, HD/computador e papéis que apontariam o pagamento de propinas a funcionários públicos e falsificação em documentos e relatórios administrativos de licenciamento ambiental.
O nome da Operação Nematoide refere-se a uma praga que fica escondida nas raízes das plantas, de forma a sugar os seus nutrientes e intoxicar as células, podendo levá-las à morte.