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Bárbara Salomé, atriz e palhaça: de Piedade para o mundo

Nossa região é exportadora de talentos artísticos. Recentemente, Ademar Figueiredo, da coluna Arte & Cultura,  desta FOLHA, teve acesso à performance sobre depressão a cargo da  atriz Bárbara Salomé, datada ainda de 2018, no canal Quebrando o Tabu. A propósito, em setembro, tivemos a Campanha “Setembro Amarelo”, encampada por este Jornal. Trata-se de uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina, com foco na prevenção do suicídio.

Ademar apurou que Bárbara é natural de Piedade de Ponte Nova e mora em São Paulo/SP. Filha de Dejaci Martins de Melo Santos (Cici) e Sebastião Martins dos Santos (Tião), ela é artista multipotencial: atriz, palhaça, artista visual e arte-educadora, diplomada no Curso de Formação de Atores da Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP. Ela ainda cursou o Oficinão, espaço de reciclagem oferecido pelo Grupo Galpão/BH.

Tem mais: Bárbara especializou-se em Humor pela SP Escola de Teatro/SP e pesquisa a linguagem do palhaço desde 2008, tendo estudado com diversos mestres da Palhaçaria, como Bete Dorgam, Ésio Magalhães e Márcio Ballas, entre outros. Teve formação no Curso “Palhaço Interventor”, dos “Doutores da Alegria”.

Bárbara investiga o palhaço na relação direta com o público, independentemente de uma cena ou espetáculo. Faz parte do Grupo Povo Parrir, colaborou com diversas companhias (Satyros, Andar 7, Caixote Coletivo e Cia. Afeta). É atriz-criadora da ExCompanhia de Teatro, onde atuou em projeto transmídia e concluiu “residência artística” na Alemanha. Vejamos o que ela disse à coluna Arte & Cultura:

Ademar – Por que escolheu São Paulo para viver?

Bárbara – Escolhi São Paulo porque aqui as oportunidades são mais amplas. É possível trabalhar com teatro, cinema, TV etc. No Rio de Janeiro, parecia ser mais restrito à televisão. Além disso, em São Paulo, eu já tinha amigos queridos morando, então era mais fácil.

Ademar – Muitos artistas comentam que fazer comédia é mais difícil. Você se especializou no humor: comente sobre esta escolha.

Bárbara – Gosto do humor porque rir é uma forma de elaborar o que estamos passando. Claro, me refiro ao riso daquele que ri de si mesmo e ri do opressor, e não do oprimido. O riso que desestabiliza as relações de poder. Gosto da comédia porque ela gera conexão e, através disso, posso dizer coisas profundas.

Ademar – Conte-nos um pouco mais da sua trajetória.

Bárbara – Em 2016 fiz uma turnê com o espetáculo “Servos de Pan” pela Europa, circulando pela Alemanha, França e Suíça. Com o trabalho “Por acaso, navalha”, fui indicada ao prêmio R7 Melhores do Teatro na categoria “Artista-Revelação”. Em 2017, criei a C A S A _ Coletivo de Arte, espaço de investigação e encontros cênicos. O último trabalho no teatro foi na peça “Ex-Gordo”, de Fernando Aveiro, que estreou no Sesc Ipiranga, no final de 2019. Sou parceira da Tríplice Cultural nos projetos “Flicts” e “Um lugar chamado sim” (como atriz) e no espetáculo “Chapeuzinho Vermelho”, onde fiz a preparação do elenco através da linguagem do Palhaço e da Band Mimé. Também está em processo de criação o meu primeiro solo autoficcional intitulado “Quem anda no trilho é trem”, que discute os limites entre a normalidade e a loucura e tem como matéria-prima minha infância no interior de uma pequena cidade.

Ademar – Comente sobre a sua experiência internacional.

Bárbara – Foi uma experiência Incrível, devido à interação com o público.  A impressão que tive é de que a arte brasileira é muito respeitada lá fora e as pessoas, apesar de viverem realidades tão diferentes, têm subjetividades muito parecidas. Então nem senti tanta diferença com o público gringo. O que senti foi um imenso respeito pela arte, o que infelizmente no Brasil acontece menos. Sobretudo atualmente, com esse desmonte na Cultura que estamos vivendo.

Ademar – Você já teve alguma experiência em TV, cinema?

Bárbara – Sim! Comecei a me interessar por esses veículos há pouco tempo. Desde então, participei das séries “Lili, a ex”, no GNT, “Rua Augusta” (TNT) e “O Doutrinador” (Space) e mais recentemente da série “Segunda Chamada”, da Rede Globo, que foi a participação de que mais gostei de fazer até então.

Ademar – Como artista multipotencial…

Bárbara – Como arte-educadora, além de workshops e aulas dados em diversos lugares, desenvolvi o projeto “A memória do que não fiz como presente”, desenvolvido com o público da terceira idade no Sesc Ipiranga, no ano de 2019. Como artista visual, desenvolvo experimentações, ilustrações e obras no “Desenhos de Salomé”, onde pesquiso o inconsciente e o feminino. Criei ainda  o curso on-line de criatividade “Práticas Criativas para Inventar Mundos”, para artistas e não artistas.

Ademar – O que tem “aprontado” nestes tempos de pandemia?

Bárbara – Atualmente, no contexto da pandemia, estou com os seguintes projetos:

 – “Atendimento Psico-riso-mágico com Leila Simplesmente Leila”, onde realizo “consultas” on-line individuais com sua palhaça. Criei as séries “Inutilidade Pública” (dicas inúteis com Leila Simplesmente Leila) e “Na Cama”, web-série em dez episódios, feita com meu companheiro José Sampaio sobre um casal em confinamento que passa a viver na cama. Ambas estão nas nossas redes sociais.

Ademar – Planos para o futuro?

Bárbara – Tenho! Farei uma obra sobre a qual ainda não posso dar muitos detalhes, mas que mistura jogo, realidade e ficção. Será transmitida ao vivo. Será com a ExCompanhia de Teatro (@excompanhiadeteatro). Então fiquem ligados!

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