A coluna Arte & Cultura prestou, na edição de 9/8, homenagem a todos os pais – artistas ou não – através do claronista (que toca o instrumento clarone) Francisco Custódio da Silva. Ele e seu filho Júlio Batista Ramos da Silva (foto), saxofonista e estudante de Direito, são componentes da Corporação Musical Santíssima Trindade.
"E o mais bacana nesta história é que, em dado momento, Custódio e seus 3 filhos trigêmeos (Júlio, João Gabriel e Ana Clara) participaram da banda e tocaram juntos, mas quis o destino que dois deles seguissem outros caminhos: Ana Clara Ramos da Silva é estudante de Biomedicina e João Gabriel Ramos da Silva, estudante de Fisioterapia", informa a coluna. Os filhos chegaram à Corporação como aprendizes em 2019, estudaram bastante, destacaram-se e participaram de muitas apresentações em Ponte Nova e noutras cidades.
Batemos um papo com o Custódio:
Custódio, apresente-se para nossos leitores.
– Francisco Custódio, casado com Andréa Simone Ramos da Silva.Somos pais de trigêmeos: Ana Clara, João Gabriel e Júlio. Sou natural de Rio Casca, mas morador de Ponte Nova há mais de 50 anos. Sou policial militar aposentado e advogado. Nas horas vagas, sou músico aprendiz na Corporação Musical Santíssima Trindade, sob a regência do maestro José Paulo Gomides (Paulinho).
Como era o seu contato com a música antes de chegar na banda?
– Nunca tive iniciação musical na infância ou adolescência, mas acalentava um sonho de fazer parte da Santíssima Trindade, ao assistir aos ensaios da Banda 7 de Setembro quando acompanhava uma irmã nos ensaios. Hoje ser componente da banda é a realização de um sonho de infância.
Como você passou a se interessar em fazer parte da banda?
– Num belo dia vi um anúncio de inscrições para aprendizes na banda. Fiz contato com João Mattos (velho amigo) e matriculei meus filhos na instituição. Com o passar do tempo, por assistir os ensaios dos jovens, pedi uma oportunidade ao Paulinho para eu aprender alguma coisa. Paulinho me atendeu, consegui aprender um pouco e continuo lá aprendendo até hoje.
Como é a sensação de vivenciar estas apresentações, inclusive viagens, ao lado do seu filho?
– Das viagens que fiz como músico da banda, vivi uma sensação muito boa. As pessoas das localidades por onde passamos sempre nos receberam muito bem. As apresentações foram de muito sucesso, dada a excelência, dedicação, seriedade e compromisso dos músicos com a instituição, destacando-se aqui o excelente trabalho realizado pelo maestro regente da banda, José Paulo Gomides. A sensação boa que senti é reforçada pelo privilégio de estar acompanhado pelo meu filho Júlio, do qual muito me orgulho.
Que mensagem você gostaria de deixar aos pais, artistas ou não.
– Neste dia, parabenizo todos os pais, desejando felicidades e bênçãos. Que todos os pais possam amar e serem amados por seus filhos. Sejam amigos de seus filhos: não os amem em silêncio, demonstrem esse amor a eles através de gestos, palavras e ações. Assim, a recíproca será mais do que verdadeira. Feliz Dia dos Pais a todos!
Depoimento dos 3 filhos:
“Dizem que muito do que nos tornamos vem de nossos pais. Por isso, somos muito agradecidos por sermos seus filhos, pai. Cada mania, cada defeito, as qualidades e as excentricidades que nos tornam especiais, seres humanos melhores a cada segundo, são graças à sua insistência em ser o melhor pai do mundo. De todos os possíveis caminhos que nossa vida pudesse tomar sem sua presença, não vemos outro no qual seríamos tão felizes quanto somos. Te amamos muito, pai. Júlio, Ana Clara e João” (foto)
Em tempo – Nas duas bandas pontenovenses, encontramos várias situações familiares. Pais, filhos, mães, filhas, tios, sobrinhos, primos, primas, e isto é muito bacana, pois cria clima de cordialidade e familiaridade que é muito bom para o funcionamento das entidades.