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‘Vidas periféricas importam! Vivemos numa cidade sem lei?’

O vereador Hermano Santos/PT denunciou – com muitas fotos – na Câmara de Ponte Nova, nessa segunda-feira (15/6) a aglomeração dentro e no entorno do campo Carecão, entre os bairros São Pedro e Cidade Nova, ao longo de domingo (14/6).

“Vidas periféricas importam! Vivemos numa cidade sem lei?”, desabafou ele, cobrando providência municipal. “Não sou de fazer ataques e de fazer política com sangue nos olhos, mas temos que transformar esta realidade em providências”, declarou ele, citando pessoas sem máscara e ignorando o distanciamento social num festival informal de pipas e papagaios.

“Pegando um gancho no movimento nacional 'Vidas negras importam’, trago a nossa realidade. Vidas periféricas importam! Vimos, nesse domingo [14/6], carros de som, adultos e crianças jogando bola, usando bicicleta, como se nem estivéssemos em pandemia da Covid-19.”

O vereador petista lembrou que, uma semana antes, acionou a Prefeitura e o Ministério Público por conta de aglomerações na periferia da cidade. “Questiono aqui o cumprimento do Decreto de Emergência e o Código Sanitário”, disse ele, citando festas e sonorização em bares até o fim de cada noite e pela madrugada.

Hermano sublinhou que sabe das dificuldades municipais, pois atuou como secretário de Assistência Social e Habitação no Governo Guto Malta/PT: “Reconheço as limitações e trago o tema com muita cautela, mas cobro por causa do 'tratamento diferenciado', já que a fiscalização atua no Centro e em bairros vizinhos."

Continuando, disse o vereador: “Tenho acionado por telefone os órgãos competentes para tratar desta situação às duas ou às três horas da manhã. Eu já tentei dialogar, já acionei os chefes, os responsáveis, mas não vejo ação concreta.” Ele se referiu especialmente à poluição sonora no bairro São Pedro, “onde, na casa de família que tem uma filha cadeirante, esta criança entra em pânico por conta do barulho até a madrugada”.

Hermano concluiu: “Temos regras para enfrentar a pandemia, mas elas estão sendo descumpridas, e a periferia é uma das áreas mais atingidas. Clamo pelo tratamento igualitário. Já estou sendo apontado como vereador que quer acabar com a diversão, mas eu prezo por estas vidas ao cobrar o cumprimento literal do Decreto de Emergência, para que a comunidade não pague de forma desastrosa pelos atos de algumas pessoas que insistem em descumprir [as normas].” 

Carlos Montanha/MDB disse que recebeu fotos da aglomeração: “Achei um absurdo! O Poder Público busca providências contra o coronavírus, o mundo fica parado, e esses irresponsáveis estão brincando com a saúde de todo mundo. Vai ver que pegaram os R$ 600,00 [do abono de emergência] e foram se divertir.”

“Acho que as autoridades tinham que partir para cima, porque isso é inadmissível. Algumas pessoas não respeitam a Constituição Federal, não respeitam os idosos e não respeitam ninguém. Compartilho as suas palavras, e estamos juntos”, disse Montanha, ao apoiar o protesto de Hermano.

Na conclusão desta notícia esta FOLHA aguardava a manifestação da Administração Municipal. As Secretarias Municipais de Saúde/Semsa e Esportes anunciaram mobilização de orientação e, se for o caso de repressão. “Todavia, para a fiscalização atuar em local aberto como aquele, só com respaldo policial”, adiantou Ariadne Salomão/dirigente da Semsa.

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