Karoline de Cássia Zanetti, 22 anos, morreu após as 15h40 dessa quinta-feira (11/6), no Complexo Penitenciário de Ponte Nova/CPPN. Ela estava isolada na Cela 17 da Ala 4, com a detenta da faxina encontrando-a dependurada na grade com lençol enrolado no pescoço.
De acordo com boletim de ocorrência do CPPN, pouco tempo antes a vítima tinha solicitado a presença de guardas alegando que estava “meio deprimida”. Em decorrência disso, as agentes do turno pediram a uma detenta encarregada da faxina para observar comportamento de Karoline, dando o alerta “em caso de alguma anormalidade”.
De acordo com o boletim, por volta das 15h30 a detenta/faxineira gritou alertando para o fato de Karoline estar com um lençol enrolado no pescoço e “dependurada na grade”.
As agentes entraram na cela e removeram Karoline para o Hospital Arnaldo Gavazza, “onde se realizaram sem sucesso manobras de reanimação cardiopulmonar, registrando-se entrada em óbito”, como relata a ocorrência.
A história da detenta
Conforme apurado por esta FOLHA, Karoline veio para o CPPN transferia de Poços de Caldas, sua terra natal, onde respondeu a processo pelo assassinato do comerciante José Augusto da Silva, 58, na cidade de Botelhos.
Ele desapareceu na madrugada de 4/12/2017, quando foi visto pela última vez, num bar, acompanhado de duas mulheres e um adolescente. Segundo o boletim de ocorrência da época, ele estaria com muito dinheiro no bolso e “comemorava uma venda”.
De acordo com as investigações, o trio acompanhante – incluindo Karoline – teve ajuda de um rapaz para matar o comerciante com golpes de uma pedra grande. O grupo confessou que gastou a maior parte do dinheiro com roupas, perfumes e hospedagem num hotel. A Polícia recuperou R$ 500,00 e localizou o carro de José em estrada rural do município de Bandeira do Sul.
Esta FOLHA não apurou em que circunstâncias – e quando – a detenta foi transferida para a Penitenciária de Ponte Nova.