Ao longo da semana passada, a equipe da Coordenadoria de Assistência à Saúde (CAS), da Superintendência Regional de Saúde/SRS, promoveu videoconferência com representantes dos municípios das microrregiões de Viçosa e Ponte Nova.
O objetivo foi alinhar as ações e estruturar os Planos de Contingência Municipais para Enfrentamento da Covid-19, definindo fluxos, acolhimentos de pacientes e monitoramento de casos, desde a Atenção Primária à Saúde até a média e alta complexidade, como informou nota da SRS.
Participaram gestores municipais de Saúde, coordenadores da Atenção Primária de Saúde/APS, médicos, enfermeiros e dentistas da Estratégia de Saúde da Família, profissionais dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família, referências técnicas e outros representantes da rede e da Vigilância em Saúde.
No informe, a dirigente da CAS, Sáskia Maria Albuquerque Drumond, mencionou a relevância da uniformização de procedimentos, antecedido por um questionário, para cada município, sobre a situação local, com expectativa de priorização de idosos, pacientes com doenças crônicas e populações mais vulneráveis”, informou Karen de Fátima Ségala, assessora da Superintendência.
Durante as reuniões, enfatizou-se, conforme a assessora Alessandra Dias da Silva, a necessidade de ação integrada da Estratégia de Saúde da Família com a Estratégia de Saúde Bucal. “O odontólogo poderá estar na linha de frente na triagem do sintomático respiratório, realizando teleconsultas orientadoras para pacientes crônicos acamados, entre outros”, destacou ela.
A nota da SRS cita depoimentos de secretários de Saúde, entre eles, Rodrigo Leite, de Rio Doce. Ele ressaltou a importância de um Plano Regional de Contingência – explicado por Ana Flávia de Paiva Mendes/SRS -, tanto nas medidas de prevenção quanto nas ações de combate imediato. "A partir daí, conseguiremos mitigar o processo de propagação do vírus em todo o território regional", completou ele.
“Se avançarmos para um cenário com maior número de casos surgindo ao mesmo tempo, com necessidade de hospitalização, estaremos preparados para ter ações mais assertivas em todos os pontos de atenção”, salientou Kátia de Carvalho Irias, diretora da SRS.
Agenda com hospitais
Integrantes da Sala de Situação da SRS reuniram-se, também por videoconferência, com administradores hospitalares, equipes da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e responsáveis pela área de urgência e emergência dos Hospitais Arnaldo Gavazza/HAG, Nossa Senhora das Dores/HNSD, ambos de Ponte Nova, São João Batista e São Sebastião, estes de Viçosa.
Nos entendimentos, acompanhados por representantes das Secretarias de Saúde dos dois municípios, detalhou-se o fluxo de encaminhamento de casos suspeitos de Covid-19. Segundo Ana Flávia, a providência é oportuna diante das conclusões das reuniões destinadas a estruturar os Planos de Contingência.
Ficou esclarecido que somente casos leves serão acompanhados pela APS dos municípios, com os casos moderados ou graves – que demandem internação hospitalar – devendo ser transferidos para os quatro hospitais de referência, conforme a microrregião de origem.
“Os hospitais de pequeno porte serão, de acordo com o Plano de Contingência Macrorregional, retaguarda clínica para casos de não-Covid, não podendo, assim, internar pacientes nessas condições, devendo realizar os encaminhamentos para os hospitais indicados”, completou Ana Flávia.
A segunda pauta da reunião destinou-se a definir o contrafluxo de informações/notificações dos hospitais aos municípios perante a encarregada do Setor de Doenças Transmissíveis da SRS, Dádiva Raquel Rodrigues: “Isso permitirá o registro adequado e maior fidedignidade ao cenário epidemiológico local, além de um melhor controle da disseminação do vírus.”