Falando em 2/3 na Câmara, Leo Moreira/PV criticou, mais uma vez, a demora na instalação de adutora de água e rede pluvial na av. Caetano Marinho/Centro. Ele pediu cópia de documentos da obra e do contrato com a empresa D’Áustria, ironizando o serviço ao dizer a pessoas se referem à avenida como “av. Caetano Barrinho”.
O vereador mencionou o trabalho de máquinas e homens da Secretaria de Obras e do Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes junto com os operários da empreiteira. “Está uma bagunça!”, desabafou ele.
“A gente não sabe o que foi licitado e o que é do Município. Não tem transparência, falta placa indicativa e há prejuízo para a população, pois existe cronograma conhecido e o período chuvoso atrasa, mas não adianta pôr culpa na chuva”, disse Moreira.
Ele reiterou que e todos são favoráveis às obras, pelo retorno do imposto que o cidadão paga, mas “é grande o impacto desse atraso“, disse ele cobrando informe também da instalação da adutora à beira-rio, também sem placa indicativa de prazos e custos.
Leo ainda cobrou o calendário de conclusão da obra, prometido antes do Carnaval para 27/2 pelo diretor do Dmaes, Anderson Sodré, ao receber comitiva da Associação Comercial.
Vereadores atacam
Hermano Santos/PT lamentou a situação e frisou que há graves problemas na periferia, a exemplo da ponte da av Orion, no bairro Cidade Nova, onde não passa mais o transporte coletivo e de estudantes.
Ele cobrou conclusões de algumas frentes de trabalho , mencionando a escavação perto da Rodoviária Velha. “A população não pode pagar o preço de obras eleitoreiras. Há tendência em correr com essas obras e a população paga o preço”, disse ele, reiterando avanço da área de risco na rua Armindo Pereira/bairro de Fátima.
Por sua vez, Rubinho Tavares/PSDB entrou no debate para assinalar que “todo mundo sabia que a previsão era muita chuva neste período e vários órgãos previam o mau tempo”.
No entender dele, a obra da avenida é essencial, mas “quem esperou 30 anos poderia esperar 3 meses. Além do mais, o período chuvoso chegou em dezembro e a obra começou em janeiro. Poderiam ter esperado mais 60 dias”, desabafou Rubinho.
Tavares ainda alertou para a obra da adutora à beira-rio: "Estão rasgando a avenida [Custódio Silva] e descalçando os muros de gabiões [à margem do rio Piranga]. Fica a terra molhada, com risco para a encosta e as palmeiras, pois não sabemos como está o solo à beira-rio."
O vereador também aponta riscos com as tubulações instaladas em terra molhada. “Vão pavimentar depois, e o piso não vai aguentar. O encanamento vai ceder e o calçamento vai ficar pior”, disse ele sugerindo a suspensão da obra, com acabamento precário até o fim das chuvas.
Vereadores defendem
“Sou solidária sim com aqueles comerciantes e aquelas pessoas da av. Caetano Marinho, pois são prejudicadas sim, mas tenho certeza de que, se o prefeito tivesse a certeza ou uma bola de cristal para prever uma quantidade de chuva desta, não teria mexido na avenida. Sei da responsabilidade que ele tem”, disse Fiota/Patriota.
Machadinho/Avante concordou com Fiota: “A cidade é um canteiro de obras, mas ninguém contava com esta chuva. Mas queria pedir ao prefeito e secretários que terminem esta e outras obras. Poderiam chamar a firma e cobrar serviço nos domingos e feriados, até 10 horas da noite, para compensar o atraso.”
No fim do debate, a presidente Aninha de Fizica/PSB disse que o prefeito Wagner/PSB trabalha mesmo na chuva e não tem a intenção de inaugurar obras. “Ele faz o que muitos prefeitos não fizeram e porque daria bagunça. Em qual casa a gente vai fazer uma faxina e não levanta cadeiras?”, exemplificou ela.
Aninha também ponderou: "Não esperava chuvas com tanta força e sublinhou que conta com a força de vontade e o comprometimento dos secretários. Tenho certeza de que vão dar a volta por cima no tempo certo."