Um assassinato registrado no bairro São Judas Tadeu, em Santo Antônio do Grama, pode ter ligação com drogas, conforme as apurações iniciais da Polícia Militar. Às 14h de 10/1 (sexta-feira), Guilherme Henrique da Cruz Adorador (foto), 25 anos, morreu esfaqueado quando estava no quintal de sua casa.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima recebeu sete facadas: no tórax, na cabeça, na região cervical (pescoço) e nas costas. Os militares chegaram ao local quando uma equipe da Saúde Municipal socorria o rapaz. "Ele apresentava sinais fracos e foi a óbito antes de ser removido em ambulância", informou a PM.
Algumas pessoas que estavam no local disseram aos militares que não sabiam detalhes do crime, pois, ao chegarem ali, já encontraram Guilherme caído e ensanguentado. Um dos entrevistados foi Webert Tavares Nery dos Santos (Pitico), 18, que alegou ter ido à casa “entregar um animal emprestado, deparou com a vítima no chão e pediu socorro”.
A PM, contudo, recebeu denúncias anônimas de que alguns rapazes foram vistos quando saíam correndo da casa, havendo identificação de Pitico, Pedro Henrique Lemos Pereira, 22 (teria sido o autor das facadas), Patrick Juan Souza da Cruz, 18, e Gustavo César Martins Fernandes (Degusta), 23.
Ao ser localizado pelos policiais, Patrick disse que estava na varanda com Pitico e Guilherme "cheirando cola de colar calha" quando Pedro e Degusta chegaram e, em certo momento, Pedro começou a discutir com Guilherme.
Ainda na versão de Patrick, Pedro desferiu uma facada em Guilherme, que tentou correr, mas Pedro o seguiu e o esfaqueou no quintal. Patrick alegou que correu “com medo de problema” e não sabe o motivo do assassinato.
Ouvido novamente, Pitico acabou confirmando a versão de Patrick. Localizado em sua casa, Degusta confirmou a história e declarou que Pedro Henrique teria surtado “e poderia ter matado qualquer um”. Degusta ainda disse que, ao correr para a rua, pediu que Pedro se entregasse à Polícia.
Patrick, Pitico e Degusta prestaram depoimento na Delegacia de Plantão em Ponte Nova. O advogado Eduardo César Russo Leal ali compareceu para acompanhar Degusta. Até encerrar a ocorrência, a PM ainda não tinha pistas do paradeiro de Pedro Henrique.
Ao fechamento desta nota, a Polícia Civil de Rio Casca – onde transcorre o inquérito – ainda não divulgara a conclusão da ocorrência. O perito Leonardo Pelinsari, da Polícia Civil pontenovense, recolheu na cena do crime faca manchada de sangue, pé de tênis que seria de Pedro Henrique e o celular de Guilherme.