Os vereadores pontenovenses aprovaram, na noite dessa segunda-feira (2/12), indicação de Carlos Montanha/MDB requerendo, do Executivo, informe sobre qualificação dos agentes do Departamento Municipal de Trânsito/Demutran. Ele quer saber se realizou-se – ou se haverá – curso de fiscalização, operação e patrulhamento ostensivo, como prevê a legislação.
"É estarrecedor o caso do Demutran nos dias de hoje! O trânsito está caótico, são vários os gargalos – a exemplo da área central de Palmeiras nas tardes de sexta-feira – e você só vê os agentes dentro das viaturas, circulando ou paradas”, disse Montanha.
“Em 2017 eu pedi informação sobre o assunto e me responderam com indicativo de providências, mas infelizmente venho aqui, estarrecido, cobrar porque o órgão municipal de trânsito não funciona. Sexta-feira à tarde, sábado, domingo, feriado não têm agente na rua”, lamentou Montanha.
O vereador continuou: “Em alguns lugares em Ponte Nova você quer passar, mas não consegue, porque está sempre complicado o tráfego. É preferível deixar o carro em casa e ir a pé. Estou cobrando porque a posição de um agente de trânsito em vias públicas faz a diferença contra os transtornos.”
De sua parte, José Osório/Avante cobrou informe sobre planejamento diário do expediente dos agentes. “Esta é a reclamação do povo de Ponte Nova”, disse Osório, defendendo plantão do Demutran diante das escolas, nos horários de chegada/saída de estudantes.
Machadinho/Avante ironizou: “Na av. Santa Cruz/Centro, parece até que os motoristas tiram par ou ímpar para ver quem passa primeiro. Não vejo ninguém do Demutran ali para auxiliar o fluxo.”
André Pessata/PSC lamentou dizendo que tem sido esta a realidade detectada desde o começo do seu mandato: “Chegou uniforme novo, mas as características do trabalho continuam as mesmas.”
Lucas explica
Ouvido por esta FOLHA, Lucas Aguiar, diretor do Demutran, enviou este informe:
“Tivemos alguns afastamentos de agentes que não estavam previstos, por motivos de saúde. Isso impactou nossa operação de fiscalização. Vamos remanejar as escalas, no sentido de atender ao máximo possível os pontos mais críticos. Durante esta semana, teremos reuniões para traçar soluções.”
Lucas continuou: “Com relação ao trânsito caótico nas sextas à tarde, muito se deve à falta de respeito à sinalização por parte dos condutores, o que ocasiona retenções nos cruzamentos com maior volume de tráfego da cidade. Além do que, devemos pensar de forma sustentável: sabemos que o princípio fundamental da mobilidade urbana é que o veículo motorizado individual é o meio de transporte que devemos evitar ao máximo, principalmente nas horas de pico.”