No final da tarde de sexta-feira (29/11), o empresário Paulo Sena Azevedo (Paulinho) obteve sua liberdade mediante pagamento de fiança de R$ 60 mil, fixada pela juíza Dayse Mara Baltazar, da 1ª Vara Criminal de Ponte Nova.
A Polícia Civil prendeu Paulinho em 26/11, ao encontrar, na casa dele, na rua Major Soares/Centro Histórico de Ponte Nova, carga de medicamentos, itens de higiene e cosméticos roubados em 11/11 no assalto a um caminhão da DPC Distribuidora Atacadista, de Caratinga.
O delegado Silvério Rocha Aguiar declarou a esta FOLHA que "o crime de receptação dolosa qualificada é inafiançável" e a juíza Dayse se posicionou, em 27/11, contra a liberdade do acusado.
Todavia, em 29/11, na audiência de custódia, diante das alegações do advogado Antônio Marques Carraro Júnior, a juíza teve outra decisão:
– “Há elementos hábeis a justificar a necessidade da prisão. Não obstante, o acusado apresentou documento que demonstra a fragilidade da sua saúde, e entendo que existem medidas, que por ora podem ser adotadas para afastá-lo do cárcere”.
Com aval do promotor de Justiça Henrique Andrade, a magistrada impôs estas condições: “recolhimento domiciliar noturno, das 18h de um dia às 6h do dia seguinte, não se ausentar da Comarca sem autorização judicial e pagamento de fiança de R$ 60 mil”.
Com o recolhimento imediato da referida quantia, expediu-se, ainda na tarde de 29/11, o alvará de soltura.
Segue a investigação
Como esta FOLHA informou na edição de 29/11, o delegado Silvério mantém a investigação para localizar integrantes da organização criminosa especializada em roubo e receptação de carga.
Na véspera, falando à Imprensa de Caratinga, o policial civil Whesley Adriano disse que há “pente fino” nos negócios de Paulinho, pois “ele tem patrimônio vultoso para quem sobrevive de rendimentos de farmácia”. (assista o vídeo).