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InícioSEGURANÇAFlores no sepultamento de Deco do Cavaquinho

Flores no sepultamento de Deco do Cavaquinho

A juíza Marié Verceses da Silva Maia, da Comarca de Raul Soares, manteve em 8/10 a prisão preventiva do mecânico Matheus da Silva Campos Machado, 20 anos, da Vila Esperança.

 

Às 13h de 4/10 (sexta-feira), na rua Augusta Amélia Dutra (conhecida como rua da Linha), na citada Vila, ele conduzia a moto Honda XRE 300 QOM-3306, que atropelou José Basílio Lucas (Deco do Cavaquinho), 75. Este foi a óbito durante o socorro no Hospital São Sebastião.

O atropelamento

A PM atendeu a ocorrência com informe de que Matheus empinava sua moto quando atropelou um transeunte pelas costas, a poucos metros da casa deste, também na Vila Esperança. Uma vizinha socorreu Deco do Cavaquinho no Hospital, mas ele não resistiu aos ferimentos e, segundo o médico Fabrício Dias da Fonseca, teve parada cardiorrespiratória.

Testemunhas relataram que, “como de costume”, o rapaz realizava manobras perigosas com o veículo (o qual foi apreendido). Os PMs localizaram Matheus em seu trabalho e, depois de negativa inicial, ele admitiu que “puxava a moto numa só roda”.

Conduzido à Delegacia local, Matheus foi autuado em flagrante e recolhido ao Presídio de Caratinga. A PM ainda  o multou em R$ 2.934,70 pelas manobras perigosas.

Prisão mantida

A prisão do rapaz foi mantida em Juízo, a despeito da argumentação de seu advogado, Bruno de Souza Ribeiro, de que ele não quis o resultado nem assumiu o risco de matar alguém, sendo primário, trabalhador com carteira assinada e com residência fixa.

A juíza Marié Verceses, contudo, acatou o parecer do Ministério Público, pela “ausência de fato novo que justifique a soltura do requerente”. Segundo ela, “não há alteração do panorama fático-jurídico”.

"Ademais, evidente, também, a gravidade da conduta perpetrada, uma vez que resultou na morte de um reconhecido ícone deste município, considerado como 'patrimônio histórico de Raul Soares'", salientou a  magistrada, que em seu despacho frisou que "o rapaz tinha comportamento censurável, já  que eram costumeiras as condutas exibicionistas de motocicleta".

A juíza continuou: “Não se pode olvidar, inclusive, que o resultado da conduta do requerente disseminou sensação de comoção na população, além de atrair a necessidade de uma resposta proporcional pelo Judiciário. Faz-se necessário resguardar a paz social e a segurança violadas pela conduta delitiva supostamente perpetrada pelo requerente”.

Sobre Deco do Cavaquinho

Esta FOLHA apurou que Deco do Cavaquinho era conhecido na cidade pela alegria de tocar músicas com violão e cavaquinho para as pessoas. Ele sempre entregava flores às mulheres, tanto que no velório foram muitas as flores levadas por familiares e amigos. Pela redes sociais, houve diversas homenagens póstumas. Em algumas delas, manifestações de cobrança perante as autoridades para punição de todos os motociclistas que praticam manobras perigosas em vias públicas.

 

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