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InícioREGIÃORepercute a prisão de jogador da Supercopa

Repercute a prisão de jogador da Supercopa

 
Repercutiu, na Imprensa nacional, a prisão do jogador Sonny Clay Dutra, 39 anos, que atuava pela equipe do Peñarol, de Ouro Preto. Ele enfrentava o 8 de Dezembro no Estádio Caldeirão da Barra, em Ouro Preto, na primeira partida da semifinal da Supercopa dos Inconfidentes e do Vale do Piranga.
 
O jogo foi interrompido quando a Polícia Civil/MG entrou em campo para prender Sonny Clay. Segundo a Polícia, ele é um “craque do crime”. Dados indicam que Sonny Clay é o principal traficante de pasta-base de cocaína do Estado. Segundo a Polícia, ele financiava o time Peñarol. Note-se que nesse 18/5 o Peñarol foi eliminado na partida de volta ao empatar em 2 x 2.
 
A operação ocorreu em 12/5 (domingo) – Dia das Mães. O jogo corria solto no gramado quando homens da Coordenadoria de Recursos Especiais/CORE da Polícia Civil entraram em campo para prender o suspeito.
 
A Polícia Civil estava no encalço de Sonny Clay há meses, depois de fazer a ligação da atuação dele com um esquema de tráfico de drogas envolvendo transações financeiras milionárias. O grupo criminoso também movimentava centenas de quilos de cocaína no Estado. No início do mês, quatro integrantes foram presos na operação “Vento Leste”.
 
De acordo com o delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, titular da 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (1ª Draco), dados indicam que Sonny Clay seja o maior traficante de pasta-base de cocaína de Minas Gerais. Esta seria sua quarta prisão. No ano passado, ele conseguiu habeas corpus para sair da prisão.
 
Em 2013, Sonny Clay foi apontado como líder da quadrilha que foi presa em Minas e no Mato Grosso do Sul. À época, sete homens foram detidos com 47 quilos de pasta-base de cocaína (renderiam cerca de 190 quilos de pó). Parte dos criminosos fazia o transporte da droga de Mato Grosso do Sul para Minas, com o outro bando, cuja base ficava em Belo Horizonte, tratando a pasta-base e encarregando-se de sua distribuição. Sonny Clay permaneceu foragido.
 
A divulgação dos detalhes da prisão de Sonny Clay foi revelada nesse domingo (19/5) pelo programa Fantástico. Segundo o inspetor do Departamento Estadual de Operações Especiais da PCMG, Marcos Matos, “a ação policial ocorreu dentro de campo para ter certeza de que Sonny [Clay] não fugiria”.
 
A reportagem revelou que Sonny patrocinava o time Peñarol e, além de a camisa do time levar seu nome, distribuía chuteiras para os jogadores. “Ele adquiria chuteiras personalizadas, do mesmo modelo usado pelos grandes craques de futebol, e também distribuía os equipamentos para o time”, contou o delegado.
 
Há informação de que o acusado distribuía também pacotes com notas de R$ 50 no vestiário do estádio para os colegas. Segundo a PCMG, ele é um "craque do time", sem posição fixa: ora atuava como ponta direita, ora como zagueiro.
 
As investigações conseguiram demonstrar a ligação do chefe do grupo apontado como responsável pela distribuição de drogas nos municípios de Mariana e Ouro Preto, além de diversos aglomerados em Belo Horizonte.
 
A mulher do traficante, Efigênia Antônia Lopes Dutra, também foi presa. Outros dois jogadores do Peñarol de Ouro Preto também foram presos, sendo a suspeita a mesma: tráfico de drogas. Segundo a Polícia, todos eles faziam parte de uma única quadrilha.
 
Em nota, os advogados de Sonny Clay e Efigênia dizem que os investigados possuem ocupações lícitas e se encontram em processo de separação. A nota diz também que a defesa não obteve acesso amplo aos elementos de prova e Efigênia e Sonny Clay pretendem colaborar com as investigações, a fim de provarem sua inocência.
 
Mais de R$ 1 milhão
 
No início deste mês, a PCMG apreendeu mais de R$ 1 milhão em dinheiro em Belo Horizonte, e quatro homens foram apontados como líderes da facção. O trabalho foi fruto da desarticulação, por policiais da 1ª Draco, de quadrilha que atuava com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A Polícia acredita que a quadrilha está diretamente ligada a Sonny Clay.
 
Em 3/5, a PCMG apresentou detalhes da prisão dos quatro homens: Alexandre da Silva Teixeira, 31; Felipe Samuel dos Santos Silva, 31; Jonas Lopes Xavier, 36; e Diego Júnio Giudice Amorim, 32. Eles foram presos em flagrante, próximos de loja de som localizada no bairro Santa Inês, na Região Leste da Capital.
 
Os policiais confirmaram que o dinheiro – mais de R$ 1 milhão – estava dividido em pacotes. Os suspeitos separaram as notas em maços e fizeram anotações dos respetivos valores. A quantia recolhida compraria três toneladas de maconha ou 300 quilos de pasta-base de cocaína. Além do montante, foram apreendidos quatro carros, dois deles de luxo (Honda Civic e Mercedes C180) e outros dois populares (Voyage e Focus).
 
Segundo o delegado Marcus Vinícius, os veículos eram utilizados para lavar o dinheiro adquirido por meio do tráfico de drogas. “Os suspeitos ocultavam o dinheiro e, posteriormente, simulavam que o lucro era proveniente de trabalhos lícitos, como, por exemplo, compra e venda de automóveis”, explicou.
 
A Polícia ainda investiga a aquisição de imóveis como outra fonte de lavagem de dinheiro. O grupo criminoso foi preso no momento em que tirava o dinheiro de um carro e o colocava em outro. “Nós chegamos a tentar contar o dinheiro usando máquina própria, mas as notas estavam úmidas, e isso nos obrigou a fazer contabilização manual”, detalhou o delegado.
 
 
Ainda de acordo com os policiais, durante as declarações prestadas em Cartório/Delegacia, alguns disseram que só falariam em Juízo e outros negaram envolvimento em qualquer tipo de crime, apesar de terem sido presos em outras ocasiões. Todos os quatro suspeitos foram encaminhados ao Sistema Prisional. A Direção do Peñarol não se manifestou sobre o caso.
 
Em 23/6/2016, esta FOLHA divulgou a prisão de Sonny Clay juntamente com o pontenovense Richardson Barão. Clique aqui para ler este noticiário.
 
Já nesse 17/5, divulgamos resumo da prisão do jogador acusado de tráfico. Clique aqui para ler mais sobre tal notícia. 
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