Inquirida a respeito dos temas propostos por esta FOLHA para a edição do Dia Internacional da Mulher, Meire Aparecida Cerceau Alves, diretora da Escola Municipal Luiz Martins Soares Sobrinho, do bairro Triângulo Novo, pondera: “Importantes todos são, pois a mulher ainda é discriminada em todos os ambientes da sociedade.”
“Vou detalhar sobre a tripla jornada da mulher, que foi o universo em que eu vivi muitos anos. Hoje, meus filhos estão todos bem, morando fora de casa, pois trabalhei muito para isso, de manhã, de tarde e de noite”, assinala ela, para desabafar:
“Acho que os homens não conseguem fazer tudo isso ao mesmo tempo. Eu nunca largaria essa rotina, pois é e foi minha vida. Fazendo esses trabalhos na escola, dando carinho aos filhos, ao meu esposo.”
No entender dela, a dedicação feminina valoriza, hoje, a projeção da mulher na sociedade. O principal retorno, garante ela, é o legado da família bem educada, “numa conquista gerada pela força e valorização da luta diária da mulher”.
‘Busco equilíbrio mental e qualidade de vida’
Atleta dedicada às corridas nos últimos três anos, Marla Sette Lazarini, empresária pontenovense, acena com a emancipação através do esporte.
“A corrida de rua foi um divisor de águas em minha vida. Com ela, eu me encontro, após um dia tumultuado ou cansativo, e obtenho energia para buscar equilíbrio mental e qualidade de vida”, diz ela.
Aconselhando todas as mulheres a experimentarem o desafio de vencer os obstáculos para aliar esporte e saúde, Marla continua: “O retorno é indescritível! Faz valer cada dia ou aquele dia em que acordei às 4 da manhã para treinar ou fiquei por horas em um treino. Ninguém pode dizer que é fácil, mas não se pode dizer que é impossível.”
Entre suas principais competições, Marla destaca a Maratona de Buenos Aires/Argentina: “Foi uma superação incrível, depois de meses de treino. Consegui fazer em um tempo abaixo do previsto e minha performance estava acima do esperado. Vi que valeu a pena abrir mão de tantas coisas para obter aquele desempenho.”