Alice Fietto Possato
Aluna da 3ª Série do Ensino Médio do Instituto Montessori
É indubitável que, durante a história da sociedade brasileira, a mulher foi alvo de opressões. No período colonial, nem sequer era conferido o direito à integridade das escravas, que, além de trabalharem forçadamente, tinham seus corpos violados.
Foi com o presidente Getúlio Vargas que esse cenário começou a ser modificado e é, ainda hoje, palco de revoluções e insistentes lutas femininas relativas à igualdade de direitos.
Apesar das muitas conquistas, por que a diferença salarial entre homens e mulheres, bem como a discriminação e o abuso sexual ainda persistem no contexto atual?
O debate acerca da igualdade de gêneros é importante e urgente, tendo em vista que uma herança patriarcal rege nosso sistema. Ou seja, aquele ideal de que os homens predominam em funções de liderança está presente cotidianamente e precisa ser quebrado: é ele que está por trás da discrepância salarial para homens e mulheres que exercem o mesmo cargo.
De acordo com a 57ª Pesquisa Salarial da Catho, as mulheres ganham menos que os homens em todas as categorias de níveis hierárquicos pesquisadas. As funções que se destacam com as maiores diferenças de valor são as de presidente, diretor e gerente, em que as mulheres recebem 31% menos, e, na função de profissional graduado, com 36% de diferença salarial.
Nesse meio inóspito, o preconceito também é parte integrante, quando as mulheres são discriminadas e têm suas habilidades diminuídas, simplesmente pelo fato de serem mulheres.
Essa situação também é perceptível em um quadro ainda mais grave, quando são vítimas de assédio no ambiente de trabalho ou de abuso sexual em troca da manutenção no emprego, promoção e outros benefícios.
Diante desse cenário, é primordial que o esclarecimento venha no sentido de promover a união feminina em prol dessa causa para ampliar a consciência da própria mulher de que pode ser o que quiser, ser independente.