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PN na Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador

À frente do grupo, estavam Maria Cosme Damião e Adão Pedro Vieira, respectivamente presidente e secretário do Conselho Municipal de Saúde.
InícioREGIÃOPrefeito de Mariana e secretário da Amapi atacam as mineradoras

Prefeito de Mariana e secretário da Amapi atacam as mineradoras

Um dos personagens procurados pela Imprensa logo após a tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, o prefeito de Mariana, Duarte Júnior/PPS, esteve no foco da Imprensa a partir de novembro de 2015, quando rompeu-se a barragem da Samarco (tendo a Vale como associada) em Fundão, região rural marianense, afetando diversos Municípios e a Bacia do Rio Doce.

Ele se disse indignado, porque a segunda maior mineradora do mundo, que passou pelo grave acidente em Mariana, impõe o mesmo pesadelo. "É inadmissível, é inaceitável, é um total sentimento de revolta. O capitalismo tem que ter muito cuidado, porque é preciso respeitar a vida humana", disse ele à Imprensa nesse sábado (26/1).

Neste início de mês, Duarte foi eleito presidente da Associação dos Municípios do Vale do Piranga/Amapi e tem como bandeira a aceleração do movimento de cobrança de providências pela Samarco, especialmente no trecho entre Mariana e a Barragem de Candonga, entre os Municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado.

“Eu sei os desafios passo a passo que essa população vai enfrentar. Será um problema enorme, porque essa tragédia só está se iniciando. Quanto à região de Mariana, já se passaram três anos e ainda não terminou”, resumiu Duarte, externando  em várias declarações sua insatisfação com a Samarco e suas associadas, a Vale e a anglo-australiana BHP Billinton,.

Segundo ele, a despeito de Termo de Ajustamento de Conduta da mineradora com a Justiça, “eles simplesmente não cumprem com o que não concordam”.  Ele cobrou fiscalização urgente em todas as barragens de Minas e do país, com providências saneadoras. “Acabamos de ter um segundo rompimento. Dá para admitir isso? Infelizmente a tragédia de Mariana não ficou de exemplo para o Brasil”, concluiu ele em entrevista ao Jornal El País.

Outro desabafo

De sua parte, José Adalberto de Rezende, engenheiro agrônomo  e secretário-executivo da Amapi e do Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Vale do Piranga/Cimvalpi, postou duras críticas em sua página no Facebook:

 “Sinto tristeza com o desfecho de mais um 'acidente' ambiental, se é que podemos chamar de acidente mais esta tragédia anunciada. Há pouco mais de três anos vivenciamos aqui em nossa Bacia do Rio Doce esta tragédia e muito pouco foi feito. A Vale, com sua habilidade jurídica e influência governamental, criou uma Fundação Laranja denominada de Renova, que – me desculpem pessoas de bem que lá trabalham pelo trocadilho – com poucas alterações poderia se chamar ‘Fundação Enrola’, tudo isto tutelado pelos entes Estadual e Federal.

Em qualquer outro país onde de fato a Justiça funciona, toda a Diretoria da Samarco estaria presa e faria com que todo o sistema de barramento de rejeitos fossem revistos. Técnicos assinando Laudos de Segurança a desdém estariam revendo seus conceitos! Mas não, o jeitinho brasileiro mais uma vez imperou, a ganância continua imperando e a busca incessante do lucro pelo lucro, sobrepondo-se à questão ambiental e à segurança das pessoas….

Só nos resta aguardar qual será a próxima barragem a romper-se! Fica aqui este desabafo, em nome do povo do Bento Rodrigues, que por mais de trinta anos pleiteou instalação de Sistema de Alarme e que a Samarco – leia-se Vale e BHP Billinton -, com sua prepotência, nunca acatou! Instalar sistema de alarme é admitir a existência de riscos de rompimento, e eles, travestidos da figura de ‘Deus’, jamais admitiriam esta hipótese! Pobre Brasil!”

 

 

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