Durante o dia desta sexta-feira (21/12), a Polícia Militar de Ponte Nova tentava localizar quatro homens (identificados por apelidos) que, a bordo do Ford Ka PWQ-8237, atiraram contra uma casa na rua Caraíbas, no bairro Palmeiras.
Durante o atentado, às 22h20 dessa quinta-feira (20/12), o veículo ainda colidiu frontalmente contra o Astra KYN-2915, com uma bala perdida acertando a cabeça do condutor, W.J.S., 60 anos, daquele bairro.
Os ocupantes do Ford Ka fugiram a pé, e W.J.S. ficou internado no CTI do Hospital Arnaldo Gavazza. No Astra, o tiro quebrou um vidro, com estilhaços machucando o ombro direito de menino de dez anos.
A cena chocou transeuntes e moradores da rua Caraíbas. A Sala de Operações da Polícia Militar, após receber ligações anônimas sobre os tiros e o acidente, enviou equipe que localizou no Astra cinco perfurações à bala no capô e no para-brisa dianteiro.
O atentado teve momentos de desespero, pois, como apurou a PM, W.J.S. levava E.A.S., 35, para receber atendimento no HAG, pois, estando grávida, teve mal-estar e estava no carro acompanhada do filho de 10 anos.
E.A.S. disse aos militares que tudo aconteceu rapidamente. Ela disse que ficou muito nervosa, pois ouviu vários estampidos e o barulho da colisão e, em seguida, viu que W.J.S. tinha sangramento na testa e gritou por socorro.
Na casa que foi alvo dos ocupantes do Ford Ka, estava uma mulher de 28 anos e um menino de 11. Ainda em pânico, ela não soube dizer aos militares o que teria motivado o atentado contra a moradia.
Uma fonte citada no boletim de ocorrência informou que na moradia estaria uma testemunha do homicídio de Víctor Lucas Dias Sampaio (Vitinho), 23, ocorrido no bairro São Pedro, em 9/12.
O Ford Ka, com placa de Belo Horizonte, foi vistoriado pelo perito Leonardo Pelinsari, da Polícia Civil, o qual estava acompanhado do delegado de plantão, Silvério Rocha de Aguiar. Nesse veículo, houve apreensão de três pen drives e um aparelho celular. No chão, perto dos dois veículos, havia cápsulas deflagradas de calibre 380. O Ford Ka e o Astra acabaram removidos para serem submetidos ao procedimento de “perícia avançada” no pátio da Delegacia Regional de Ponte Nova.