“Vim cá pedir desculpas para vocês aí pelo transtorno lá da fonte. Desculpa aí por ter feito aquilo lá [pulo na fonte ornamental] e ter estragado patrimônio público.”
Assim se expressou o adolescente de 17 anos pivô da polêmica da noite dessa segunda-feira (29/10), na praça de Palmeiras, onde se inaugurou a fonte orçada em R$ 127 mil.
Segundo ele, “deu m……. lá, mas eu tô fazendo minha parte de pedir desculpa. Sei que errei, tá ligado, mais eu usei droga e não sei nem o que deu na minha mente”.
O vídeo (publicado com esta notícia) surgiu, na noite dessa terça (30/10), como desdobramento de outro em que se registra o flagrante do mergulho. Na manhã de 30/10, em seu perfil na página do Facebook, o menor disse que não temia a atuação da Polícia: "Vou lá [na Delegacia de Polícia]" e após assinar um “trem” seria liberado porque "sou de menor: aí eu volto e pulo de novo".
A esta FOLHA, o prefeito Wagner Mol/PSB disse que soube, pelo relato de amigos, que outras pessoas – além dos dois menores flagrados em vídeo – mergulharam na fonte no fim da noite de 29/10. Em decorrência disso, um aparelho que impulsiona a água foi “deslocado”, havendo retificação nessa terça-feira (30/10).
Conforme o prefeito, providenciam-se as “medidas necessárias”, através de vigias e câmeras de segurança, para identificar os infratores, em parceria com as Polícias Militar e Civil: “As pessoas já foram identificadas e vão responder por destruição do patrimônio público.” Assegurou Wagner que, se for o caso, pode instalar “monitoramento de vigia armado”.
Pelas redes sociais e diretamente nesta FOLHA, surgiram protestos contra o ato dos dois menores. Uma assinante sugeriu a instalação de grades tanto para impedir o mergulho quanto para prevenir quedas.
O chefe do Executivo posicionou-se: “Particularmente, eu não acho o ideal. É tão fácil conviver com as coisas boas sem uma cerca te colocando do outro lado. Mas estamos em fase de avaliação. Vamos ver, nesta primeira semana, como vai ser o comportamento das pessoas.”
Fala do comandante
Esta FOLHA recebeu informe oficioso de que, na noite de 30/10, um dos adolescentes que pulou na fonte teria sido abordado por policiais militares ainda na praça de Palmeiras. E estes policiais teriam sugerido aos adolescentes retratação também pelas redes sociais.
À nossa Reportagem, o comandante da Polícia Militar, major Jayme Alves da Silva, informou que os menores não foram abordados ou apreendidos, pois “não houve crime e, sim, ato de indisciplina”.
“Os dois envolvidos não danificaram a fonte, então não houve uma ação criminal. Alguém pode dizer que houve vandalismo, mas, para isso, teria que se constatar algum dano. Então criminalmente não há providência a tomar”, informou o militar.
Conforme o major, “cabe aos familiares orientar, advertir para que fatos semelhantes não voltem a acontecer”. Na hipótese de ato em flagrante, “os nossos PMs determinam a saída e, se houver desacato ou desrespeito, aí, sim, os menores seriam apreendidos”.
Leia aqui a primeira notícia sobre este caso.