José Guimarães Pereira Júnior (Juninho), 37 anos, é professor de Educação Física há 11 anos. Na condição de professor da Escola Municipal/EM Padre Alípio Martins Pinheiro, em Oratórios, ele treina, nessa cidade, desde 2012, crianças e adolescentes do Centro Regional de Iniciação ao Atletismo/CRIA, com apoio municipal e participação do Projeto Atleta Saudali.
Há cinco meses, Juninho tornou-se pai de Lara. Esta FOLHA aproveitou a semana dedicada aos pais para ouvi-lo. Confira:
FOLHA – Qual o nome completo de sua esposa e há quanto tempo convivem?
Juninho – Estou casado com Débora Reis Mota Pereira há três anos e temos um relacionamento de onze anos.
FOLHA – Você nasceu onde? Fale um pouco da sua trajetória no esporte.
Juninho – Nasci em Ponte Nova. Desde criança pratiquei diferentes esportes na escola ou em escolinhas de esporte. Já adulto, resolvi estudar Educação Física e me formei na Universidade Federal de Viçosa/UFV. Alguns anos depois, idealizei o CRIA de Oratórios.
FOLHA – Como é se tornar pai? Quais os desafios e pontos positivos da paternidade?
Juninho – É uma sensação inexplicável, um amor gigantesco. Os desafios são a vontade de querer dar proteção que afaste nossa filha de todo o mal do mundo. Há ainda cobrança interna muito forte de querer ser sempre uma pessoa melhor.
FOLHA – Como foi viver a gestação ao lado de sua esposa?
Juninho – Acompanhar a gravidez e cada passo do desenvolvimento do bebê é algo inesquecível. Cada etapa do crescimento ficará guardado na minha memória para sempre.
FOLHA – Como concilia o trabalho com a família?
Juninho – Não tem sido fácil. São muitas viagens, como a que fizemos a Uberaba (leia aqui), e tenho necessidade de trabalhar em casa, o que me tira tempo precioso ao lado da minha filha e de minha esposa. Tento ser cada vez mais objetivo e organizado, para que possa aproveitar mais momentos junto delas.
FOLHA – Como é sua relação com os atletas do CRIA?
Juninho – Ultrapassa os limites. Estou na vida deles (e são cerca de cem) de forma integral. Tento orientá-los e ajudá-los em tudo que precisam, principalmente incentivando quanto aos estudos e disciplina. Ao lado de apoiadores, ajudo com material esportivo e escolar, idas ao dentista e ao médico, na busca de remédios e de outros tipos de auxílio.
FOLHA – Como ser paciente e carinhoso e, ao mesmo tempo, cobrar responsabilidade dos atletas?
Juninho – Sou bastante rígido nas cobranças das necessidades esportivas e de comportamento social, mas as crianças e adolescentes entendem que é para o bem deles.
FOLHA – Você se considera um ‘paizão’ deles também?
Juninho – Os atletas são como filhos para mim. Procuro acompanhar o que está acontecendo com cada um. Sofro com eles nas derrotas e nas lutas da vida. E comemoramos juntos cada conquista, seja no esporte, na escola ou na vida.