Falando na Câmara em 25/6, Antônio Pracatá/PSD avaliou o reajuste de 12,63% na conta d’água – que vence em julho – do Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes. O vereador compreende que o aumento ocorre para cobrir custos, “mas muita gente tem reclamado que, estando há anos sem aumento salarial adequado, recebe conta mais cara”.
Pracatá defendeu cobrança da taxa sobre o valor real equivalente ao consumo, “ao invés de haver taxa mínima”. Para José Osório/Avante, contudo, não foi “absurdo” o aumento. “Há quatro anos não havia revisão, o que se refletiu no custeio da folha de pagamento dos funcionários. Além disso, nos últimos anos, a conta de energia já teve várias correções”, disse Osório.
Como, porém, frisou Pracatá, “as pessoas têm o direito de reclamar. Se o salário não aumenta nem 5% ou 10%, como aceitar aumento maior na tarifa? Tudo cai nas costas do consumidor, e não acho que este caminho seja justo”, disse ele.
Tão logo o Conselho Deliberativo da Autarquia aprovou o reajuste em abril, o Dmaes publicou – na edição de 13/4 desta FOLHA – nota citando o estudo de atualização de tarifas feito pelo Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico da Zona da Mata/Cisab. Além disso, o Cisab manteve consulta pública sobre o tema, em seu site, entre 7/3 e 4/4/2018.
Na referida nota, a Direção da Autarquia assinala que a correção dos valores é essencial para garantia da continuidade da prestação dos serviços e para viabilizar a sustentabilidade econômica e financeira do Dmaes, pois, além do custeio geral, há necessidade de investimento em melhorias no sistema de abastecimento de água e captação de esgoto.