Nesse 22/5, a Comarca de Ponte Nova tinha 61 casais habilitados para adoção de crianças, havendo mais cinco em trâmite. “Este número, no entanto, não reflete a real disponibilidade das famílias dispostas a receber as crianças que estão aptas para adoção”, informa Carolina Rezende da Cruz, assessora da 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude/Ponte Nova.
Considerando que hoje, sexta-feira (25/5), é o Dia Nacional da Adoção, ela liberou os dados ainda mostrando que a estatística de adoção é pequena, como evidenciam os números de 2014/21 sentenças, 2015/7, 2016/8 e 2017/5. Ela acrescenta que nesse 22/5 havia seis ? processos em trâmite, referentes a perda, suspensão ou restituição de poder familiar.
Também considerando que, entre 16/5 e 16/6, a Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça tem campanha (veja na foto) de incentivo à adoção em andamento, Carolina revela que em Ponte Nova há 12 menores na Unidade de Acolhimento Institucional com idade entre 1 ano e 8 meses e 17 anos.
Segundo ela, a campanha visa estimular a adoção, esclarecendo dúvidas e desmistificando preconceitos. “Para adotar uma criança ou adolescente, os interessados precisam passar pelo procedimento de habilitação. Podem ser adotados crianças e adolescentes cujos pais são falecidos ou desconhecidos, pais destituídos do poder familiar ou que judicialmente concordem com a adoção de seu filho. Não é um procedimento que pode ser feito em cartório, mas somente perante um juiz”, informa Carolina.
A assessora da Vara da Infância e Juventude informa que, durante a habilitação, os casais indicam o perfil de menores que desejam adotar: “Em sua maioria, eles preferem crianças. Na Comarca de Ponte Nova, no entanto, os adolescentes é que são a maioria disponível para adoção.”
Crianças para adoção
Conforme Carolina, o universo consta de menores que em geral, desde a primeira infância, são acompanhados pelo Ministério Público, pelo Judiciário e por setores de Assistência Social dos Municípios da Comarca, diante da desestruturação de suas famílias e do envolvimento dos pais com o uso de drogas, traficância, alcoolismo, prostituição etc.
“São pessoas que já sofreram maus-tratos, em alguns casos inclusive abusos sexuais. Enfim, crianças às quais foram negados o amor e a convivência familiar e que, desde novas, conheceram a pior face do ser humano. A adoção é a chance dessas crianças receberem o amor de uma família, de ter alguém que acredite no seu potencial e lhes ofereça o apoio e estrutura para perseguirem os seus sonhos. Sem uma família, essas crianças têm reduzidas as suas chances de felicidade e de vida digna”, sublinha ela para arrematar:
“Em toda cidade, existe uma criança ou adolescente à espera do seu ato de amor. Portanto, nesse Dia Nacional da Adoção, fazemos um apelo à população de Ponte Nova para que abra os seus corações para as crianças e os adolescentes que estão à procura de uma família.”