Nesta sexta-feira (25/5), com a continuidade da greve dos caminhoneiros – já em seu 5º dia -, o Frigorífico Saudali/foto (localizado na rodovia LMG-826, que liga Ponte Nova a Oratórios) teve que paralisar a sua produção.
Segundo a Assessoria de Imprensa do Frigorífico, a produção foi suspensa. Foi mantido em funcionamento a parte administrativa e a expedição.
Segundo a nota enviada à Associação Brasileira de Criadores de Suínos/ABCS, dirigentes do Saudali citam os fatores que levaram à paralisação:
“É de conhecimento geral que enfrentamos a paralisação das principais rodovias de nosso país, devido à greve dos caminhoneiros em razão dos reajustes do preço do óleo diesel. Esse fato tem dificultado o transporte logístico da empresa, acarretando falta de insumos para continuidade dos processos produtivos, entre outras consequências.”
“Inicialmente, iremos aguardar os próximos acontecimentos para tomar outras decisões, e nossa previsão é de que as atividades voltem à normalidade nesta próxima segunda-feira (28/5). Caso a situação não seja solucionada até domingo (27/5), comunicaremos as próximas medidas a serem adotadas. Contamos com a compreensão de todos”, conclui a nota do Saudali.
A ABCS se posicionou sobre o caso informando que entende a legitimidade da paralisação dos caminhoneiros autônomos devidos aos aumentos abusivos do valor de combustível e da carga tributária para o diesel, "pois precisamos de condições justas para trabalhar e produzir".
Continua o referido informe: “Mas reforçarmos que a cadeia de suínos já passa por um ano econômico difícil e não pode corroborar com a falta de insumo e a retenção do transporte de animais, que coloca em risco o bem-estar dos mesmos e afeta diretamente a atividade de mais de 20 mil produtores, impactando cerca de 126 mil empregos diretos e 1 milhão de indiretos.”
Finalizando, a ABCS "apela ao movimento dos caminhoneiros pela busca legítima de seus direitos, preservando também o de milhares de produtores rurais que, com responsabilidade e segurança, colocam alimento na mesa dos brasileiros. É um momento delicado para todos, e esperamos uma resolução efetiva do Governo para que não haja prejuízo ainda maiores que possam gerar impactos irreparáveis para a economia do nosso país".