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Um espetáculo teatral dedicado à família

Responsável pela página de Arte & Cultura da edição impressa desta FOLHA, Ademar Figueiredo inseriu, na edição dessa sexta-feira (23/3,) entrevista com o ator pontenovense Roger Xavier, que integra do Grupo Afoita, de São João Del-Rei, e atua no espetáculo “Morada”. A seguir, o texto de Ademar:

“Em seu poema 'Sete Faces', escreveu o poeta Carlos Drumond de Andrade: ‘Quando nasci, um anjo torto/ desses que vivem na sombra/ disse: – Vai, Carlos, ser gauche na vida.’ Acho que foi exatamente isso que o ator pontenovense Roger Xavier fez ao se mudar para São João Del-Rei, inicialmente para estudar Letras.

Ele levou em sua bagagem a experiência acumulada como integrante da Cia. Teatro de Bolso, daqui de Ponte Nova. Em São João Del-Rei, ele não se acomodou: preparou-se ainda mais na arte teatral e hoje faz parte do grupo Afoita (AFO!TA em grafia como se apresentam).  Entre 23 e 25/3, eles apresentarão o espetáculo 'Morada' em Barbacena.

Há planos de se trazer este espetáculo para PN. A peça, de autoria do grupo, provoca os espectadores com a simplicidade do espaço cênico vazio que vai, pouco a pouco, sendo ocupado por uma sequência de situações que revelam afetos, desentendimentos e contradições inerentes a todos nós, sobretudo em relação às nossas relações familiares’, conforme release emitido pelo Afo!ta. Batemos um papo com Roger. Confira a seguir:

Ademar – Roger, qual foi sua formação em São João Del Rei?

Roger Xavier  – Tenho formação técnica em Teatro pela extinta Cia. Teatral ManiCômicos (atual Teatro da Pedra) e licenciatura em Letras (com ênfase em Estudos Literários) pela UFSJ e, atualmente, estou terminando a minha segunda graduação em Teatro, também pela mesma Instituição.

Ademar – Fale um pouco sobre a sua formação artística.

Roger Xavier  – Comecei a fazer teatro em Ponte Nova, em 2008. Fiz parte da Cia. Teatro de Bolso, sob a orientação artística de Hailton Karran. Quando terminei o Ensino Médio no Colégio Salesiano Dom Helvécio, escolhi São João Del-Rei para continuar a minha formação. Já são 10 anos de teatro. Uau!

Ademar – Fale um pouco sobre o espetáculo.

Roger Xavier  – “Morada” é um espetáculo teatral dedicado a um tema muito caro a todos nós: família. O que é família? O que constitui a ideia de família? Quantas possibilidades de família existem e podem existir? Esse tema, delicado e comum, causa empatia na plateia durante o espetáculo. Pensamos morada como um lugar em que temporariamente convivemos juntos, porque tudo acaba. Acaba para renascer outra vez. Assim, aproveitamos das nossas memórias para reconstituir essas moradas que já são invisíveis ao presente, mas são vivas dentro da gente.

Ademar – Como foi a sua preparação para atuar neste espetáculo?

Roger Xavier  – Foi uma experiência de poder voltar o olhar para mim mesmo. Relembrar o trajeto pessoal de quando morei na barriga da minha mãe por 9 meses, morei no Cojan com meus pais, morei com minha mãe e meu padrasto, morei com meus avós paternos, morei sozinho, morei em república e continuo morando… por aí… na vida. Quantas estórias cada morada tem… haja coração!

Ademar – Fale um pouco sobre o Grupo Afo!ta e como vocês conseguiram viabilizar este espetáculo?

Roger Xavier  – Há dois anos havia-se instalado em nós a vontade de arriscarmos numa proposta de teatro contemporâneo, ancorada na criação coletiva e na investigação de uma dramaturgia autoral. Decidimos – Alessandra Silva, Júlia Dusi, Kaike Barto, Marcos Fonseca, Priscila Natany e eu – ser o “caixeiro viajante” de nós mesmos, tal se reafirma no significado da palavra afoita: encorajar-se. Sem patrocínio estatal ou de um mecenas iluminado, viabilizamos a montagem com investimento próprio. No segundo semestre de 2017, estreamos o espetáculo em Barroso e São João Del-Rei. Sucesso total!

Ademar – Há planos para apresentar-se em Ponte Nova?

Roger Xavier  – Sim, temos. Estou em busca do apoio das entidades privadas para apoiar com transporte de elenco e cenário, alimentação e hospedagem para 9 profissionais.

Ademar – Quais os seus planos para 2018?

Roger Xavier  – Circular com este espetáculo. Após  Barbacena,  outras cidades estão já em andamento. Em julho, no Galpão 3 da Funarte, em Belo Horizonte."

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