Em meio à polêmica sobre o projeto municipal de transferência da coleta de lixo da Secretaria de Meio Ambiente/Semam para o Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes, esta Autarquia abriu mais um debate: ela recebe até 4/4 sugestões – via consulta pública em seu site – sobre estudo prevendo reajuste de 12,63% nas tarifas de água e esgoto.
Segundo nota do Dmaes, tal atualização foi sugerida pelo Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico/Cisab, “visando possibilitar melhor atendimento às necessidades da população”. O Cisab recebeu – do Dmaes e seu Conselho Deliberativo – solicitação de tal estudo ainda em 2017.
O envio de opiniões ou solicitações de esclarecimentos deve ser feito por meio de formulário disponível no site do Dmaes. No seu portal também é possível consultar o “Relatório da Revisão Tarifária do Dmaes”, onde, na página 16 (tópico 4/Aspectos Gerais e Propostas), consta a porcentagem do reajuste.
Nas redes sociais, o assunto repercutiu bastante com diversos protestos, dentre eles citando aumento de 19% ocorrido em 2014, onde 10% seriam para construção dos interceptores da Estação de Tratamento de Esgoto/ETE, que ainda não foram concluídos.
Em resposta, o Dmaes disse que os 10% serão de fato utilizados para os interceptores. “Em reunião com o Ministério Público, foi acordado que serão investidos R$ 4 milhões para construção de interceptores neste ano. O edital será publicado ainda neste mês de março, e o dinheiro está numa conta separada para ser utilizado somente para esta finalidade”, informou a Autarquia.
Outros internautas também questionaram o superávit que o Dmaes possui e a atual crise política e financeira que o Brasil enfrenta, com muitos desempregados, não sendo então “o momento adequado para aumentos”.