Carro suspeito de ter sido usado nos assassinatos da vereadora Marielle Franco/PSOL, do Rio de Janeiro/RJ, e de seu motorista Anderson Gomes foi apreendido na madrugada desse domingo (18/3) em Ubá. A notícia repercutiu em nossa região, considerando que a dupla execução ocorreu na noite de quarta-feira passada (14/3), na Capital carioca.
Ainda nesse domingo (18/3), durante a sessão da Câmara Itinerante, promovida pelo Legislativo de Ponte Nova na praça do bairro Triângulo, houve exibição de cartaz repudiando o crime. O protesto foi organizado por Érika Sena, presidente do Movimento Diversidade LGBTI de Ponte Nova. Algumas mulheres se vestiram de preto e exibiram cartaz com os dizeres: “Não vão nos calar! #Marielle presente.”
Em 15/3, em BH, comitiva de Ponte Nova que foi participar da assembleia que prorrogou a greve dos servidores da Educação esteve também no ato público que cobrou rigor na apuração do duplo assassinato, como informou Neli Magalhães, coordenadora regional do Sindicato Único dos Trabalhadores do Ensino/Sind-UTE.
Sobre o veículo
Equipe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro esteve em Ubá para periciar o carro.“Tudo leva a crer que este é, de fato, um dos carros utilizados no assassinato da vereadora”, confirmou a Assessoria da Polícia Civil PC/MG.
Imagens de câmeras de segurança mostram que pelo menos dois veículos seguiram o carro que levava a vereadora Marielle. Um dos veículos exibidos nas filmagens é do mesmo modelo do automóvel encontrado em Ubá.
Segundo a PC, denúncia anônima na noite de sábado (17/3) levou a Polícia a encontrar o veículo suspeito, que estaria no local dede 15/3. O veículo é do modelo Renault Logan e tem placa do Rio de Janeiro. A origem do carro, no entanto, seria o Paraná, local onde o emplacamento foi feito.
O delegado regional de Ubá, Gutemberg Souza Filho, disse aos jornais de BH que, no final da tarde de 18/3, o dono do veículo foi localizado. Ele é natural de Ubá e tem registro policial por tráfico de drogas. O proprietário, que não teve o nome divulgado, prestou depoimento (não divulgado) e foi liberado.
Na manhã desta segunda-feira (19/3), a Imprensa ampliou a informação: o carro foi periciado, mas não houve indícios de sua utilização no crime. Mesmo assim, o veículo continuará apreendido para aprofundar a investigação.
Sobre o crime
Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite de quarta-feira passada (14/3), no Rio. A principal linha de investigação da Polícia é de que Marielle foi executada. A direção dos tiros que atingiram o veículo em que a vereadora estava mostra que os assassinos sabiam exatamente onde ela sentou no carro. Os bandidos fugiram sem levar nada.
Atuante na defesa de mulheres, negros e homossexuais, ela também fez recentes denúncias contra a violência policial. A última delas, em 10/3, foi contra o 41º Batalhão da Polícia Militar (Irajá/RJ).