Recebeu alta nesse 2/3 (sexta-feira), no Hospital Arnaldo Gavazza/HAG, em Ponte Nova, Roberta Custódia Viana Silva, 29 anos, vítima de tentativa de homicídio às 22h30 de 1º/3, em sua casa, em Córrego das Pedras/Pouso Alegre, localidade rural jequeriense.
Um funcionário da Policlínica de Jequeri acionou a Polícia Militar informando sobre o atendimento a Roberta, que tinha ferimento à bala no lado esquerdo da nuca.
Uma enfermeira constatou orifício de entrada do projétil em osso do crânio, e houve imediata transferência dela – acompanhada do seu marido, César Onofre Ferreira Silva, 29 – para o HAG, onde houve a retirada da bala.
Ainda na Unidade de Saúde de Jequeri, militares ouviram o cidadão Mauro Celso Gomes, que, ao volante de seu veículo, socorreu Roberta. Ele disse que estava em sua casa quando seu funcionário César, que mora a uns 700 metros, chegou levando Roberta, baleada, pedindo socorro para o translado até a cidade.
Mauro não soube dar mais nenhuma informação sobre o ocorrido, e, já no Gavazza, os PMs a obtiveram de César. Ele disse que estava num bar e sua esposa telefonou, via celular, contando que dois homens haviam entrado na casa do casal, momento em que foi atingida por um tiro.
César acrescentou que, correndo para casa, deparou com suas duas filhas, de 5 e 9 anos, as quais correram ao seu encontro chorando, pois a mãe tinha sido baleada.
Ele informou que não possui desavenças na região e não tem suspeitos do atentado. Ele não deu falta de nenhum objeto de valor em sua casa depois do fato e se recusou a se submeter a exame grafotécnico [que apura resíduos de pólvora nas mãos] alegando que não atirou contra a própria esposa.
Ainda perante a PM, Roberta declarou que estava dormindo, ouviu “um barulho” e foi à cozinha “ver o que era, quando deparou com “duas pessoas” e, ao se virar para correr, recebeu o tiro na nuca.
O boletim da PM relata que a casa não tinha sinais de arrombamento. Constatou-se marca de tiro na parede da cozinha e manchas de sangue pelo chão. "Não foram encontradas cápsulas, munições e nem a arma do crime", concluiu o boletim policial.
O sargento Danilo, comandante da Patrulha Rural, informou no boletim que em ocasião recente esteve na moradia atendendo denúncia anônima de que César teria arma de fogo, mas nada de ilícito foi encontrado.