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InícioCIDADEDirigente da Semam ouve reclamações e se explica na Câmara

Dirigente da Semam ouve reclamações e se explica na Câmara

Depois de ficar em silêncio durante as duas horas e meia do acirrado debate que lotou o plenário da Câmara de Ponte Nova na noite dessa quarta-feira (21/2), o dirigente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Semam, Bruno de Oli­veira do Carmo, voltou à Câmara na noite seguinte.

Ele respondeu questionamentos sobre o projeto do prefeito Wagner Mol/PSB transferindo a coleta de lixo da Semam para o Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes, como prevê legislação municipal. 

Já ao ser anunciado pelo presidente da Câmara, Leo Moreira/PSB, Bruno foi aplaudido pelos seus companheiros de trabalho, entre secretários e assessores municipais que ocupavam o plenário ao lado do prefeito.

Aos poucos, chegaram ao plenário alguns manifestantes exibindo cartazes de protesto contra a gestão de Bruno. Um dos cartazes tinha a seguinte frase: “Este cartaz é muito pequeno para tudo o que eu quero reclamar!” Outra frase: "A Semam é igual à Argentina: ruim de jogo!"

O secretário não escondeu que o problema do lixo em Ponte Nova é grave. “Diante de questionamentos dos vereadores e da população sobre a mudança no horário da coleta de lixo e da transferência para o Dmaes, reconheço que o serviço está ruim, mas sei que as mudanças são necessárias em prol da população.”

Segundo ele, “após quatro dias da mudança da rota e horários da coleta (impostos a partir de 19/2), já estamos vendo uma evolução, e a população já está aderindo aos horários”.

Para Bruno, o estudo feito para respaldar a mudança prevê economia para os cofres públicos, “uma vez que os caminhões tendem a rodar menos”, reduzindo os itinerários da frota. “E hoje estamos com caminhões novos e outros com manutenção em dia”, assinalou ele.

“Alguns bairros de Ponte Nova possuem ruas de trânsito complicado, e, em certos horários, ouvimos várias reclamações de que durante o dia o caminhão atrapalhava o trânsito. Além do mais, nossos motoristas tinham dificuldade para parar seus veículos para a coleta. Essas e outras questões foram analisadas e chegamos a este planejamento [de 19/2]”, contou Bruno.

O secretário disse que acompanhou, nesta semana, a coleta de lixo noturna em Palmeiras e o tempo de ida do caminhão ao Lixão, que anteriormente era de 1h30 e caiu para meia hora por causa do trânsito rápido.

“Mas de nada adianta isso, se a gente passa duas vezes no mesmo local e a população joga o lixo depois que passamos. Também temos que ter apoio da população”, analisou Bruno.

Chico Fanica/Rede questionou sobre a situação do Lixão e ouviu explicação de que o novo local para construção do Aterro Sanitário "está em estudo", mas sem informe do endereço.

Para Fiota/PEN, a questão do lixo na cidade “é educação das pessoas: você está de parabéns pela postura de mudar a rota e fazer algo visando a melhorias”.

Aninha de Fizica/PSB e Betinho/PDT sugeriram cautela no encaminhamento da questão dos servidores com mais idade que estão fazendo trabalho “mais pesado” nas ruas.

Sobre esta questão, Bruno informa que não pode haver desvio de função, com risco de ação judicial caso algum servidor seja colocado em outra função.

Aninha disse que as mudanças na coleta de lixo causam estranheza para a população e “sempre existem alguns que não concordam e querem ficar na mesmice, ao invés de avançar, mas estamos apoiando. Já vi, no Facebook, comentários de coisas que nem aconteceram ainda”.

Hermano Luís/PT sugeriu maior aproximação da Semam com a comunidade e mais divulgação da mudança da coleta. “Recebemos vários questionamentos da população e também relatos de convivência [com o secretário] no local de trabalho”, disse o vereador.

Bruno retrucou, inquirindo: “A quem eu tratei mal? Me diz? Não vejo a coisa assim.” Desejando boa sorte ao secretário, ponderou o vereador: “Não posso afirmar nada porque não estou lá para saber o que se passa, mas são estas as informações que chegam.”

Carlos Montanha/MDB questionou as coletas nas travessas da cidade: “No Triângulo Novo, por exemplo, há quatro delas. Os idosos vão descer dezenas de degraus para deixar o lixo bem abaixo!” Bruno garantiu que será avaliada esta questão.

Montanha solicitou informe sobre a situação do trabalho dos filiados à Cooperativa dos Recicla­dores de Ponte Nova/Coorpnova. “Já há estudo para implantação de novo galpão [de reciclagem]”, resumiu Bruno.

O presidente Leo Moreira juntou-se a Montanha na sugestão da implantação de lixeiras maiores em pontos comerciais e instalação de  mais coletores de lixo em pontos distintos da cidade. O secretário garantiu que licita-se a compra de contêineres para os “pontos com maior fluxo de lixo”.

Para Rubinho Tavares/PSDB, a cidade deveria ter sido dividida em quatro partes, implantando-se a nova forma de coleta por região, “para as pessoas irem se acostumando: a forma efetivada pegou todo mundo de surpresa”.

Tavares exemplificou com a região do Pacheco, com quase 6 mil habitantes e muita gente desinformada: “Agora mesmo, quando vim para cá, vi lixo acumulado em alguns locais e amanhã, com a enxurrada, o secretário de Obras terá problema [para limpar bueiros].”

Referindo-se a diversos questionamentos e sugestões, Bruno afirmou: “Vamos avaliar o que foi positivo e o que foi negativo e claro que vamos mudar o que não ficou bom. Esta é uma etapa, e mudanças podem ocorrer visando ao melhor para a população. Este é o nosso papel.”   

 

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