Na semana passada, comitiva formada por integrantes do Programa Jovem no Campo, desenvolvido pelo Senar/Minas em Guaraciaba a partir de Projeto de Bovinocultura de Leite, visitaram a sede da empresa Laticínios Porto Alegre/LPA, em Ponte Nova.
De acordo com o instrutor Francisco Assis Lima, o objetivo foi mostrar aos jovens como o negócio funciona além da porteira da fazenda. Ele destacou a importância de seguir o que foi ensinado no decorrer do programa. Este resulta de parceria com o Sindicato de Produtores Rurais de Ponte Nova/Região e aborda fatores como empreendedorismo, manejo do rebanho, controle sanitário e qualidade do leite.
O grupo foi guiado por médico veterinário da LPA. Os visitantes conheceram mais sobre o processo de recepção e classificação do leite, industrialização, embalagem e transporte para o comércio, bem como condutas pessoais e profissionais no ambiente de trabalho.
De acordo com informe do Senar, tal programa objetiva oferecer ao jovem a visão empreendedora do agronegócio e contribuir para a inserção dele no mercado de trabalho, além de estimular a sucessão familiar no campo.
Ao longo do programa, os alunos demonstraram estar de olho no futuro e acreditam que o "Jovem no Campo" é uma forma de seguir firme nessa caminhada. “É uma chance única. É o futuro da gente, e é muito bom ter esta ajuda”, destacou a estudante Paloma Souza, 21 anos, de Guaraciaba.
O pai dela já trabalhou com plantação e gado e foi para a cidade, mas a jovem pensa em assumir um negócio no campo. “Pretendo cursar Zootecnia e trabalhar com alimentação e nutrição de animais. O programa inclusive ajuda a abrir a nossa mente para ver se é isso mesmo que a gente quer. E ainda dá para debater e argumentar com outros produtores com as informações que aprendemos, dá para compartilhar”, contou Paloma no informe do Senar.
Já Kennedy Rezende de Carvalho, 22, foi atrás de mais conhecimento sobre a área. Ele participa do Programa Balde Cheio e já observou importantes resultados. Da mesma forma, espera que o "Jovem no Campo" o ajude a melhorar ainda mais no negócio. Na propriedade, moram ele, a mãe, 52, e o pai, 50. Todos ajudam e dão conta do trabalho, que agora ganhou mais controle.
“Já fizemos muitas mudanças. Uma delas é passar a anotar tudo. Assim vejo o que está sobrando, o que está dando prejuízo, onde posso investir. Isto ajuda demais. O retorno do leite é difícil, mas com o incentivo do Senar tenho mais o que aprender. Hoje em dia tudo vai evoluindo, temos que acompanhar, não podemos ficar parados”, enfatizou Kennedy no relato do Senar Minas.