Durante a vivência no cenário prático na Unidade Básica de Saúde/UBS do Programa de Saúde da Família/PSF Abdalla Felício, no bairro de Fátima, estudantes (*) do Curso de Medicina da Dinâmica perceberam que muitas pessoas apresentam sinais e sintomas de depressão, mas não sabem o que isso representa e não procuram ajuda.
Assim, optaram – com apoio da professora Thiany Silva Oliveira – pela organização de estratégia de conscientização da população sobre o problema, além de estruturar, no PSF daquele bairro, o "Cantinho da Escuta", para acolhimento dessas pessoas através de canal entre a equipe e a comunidade.
Agindo em comum acordo com a Equipe de Saúde da Família daquela UBS e com respaldo do Núcleo de Apoio às Equipes de Saúde da Família/Nasf, os acadêmicos cuidaram da primeira conversa com os pacientes, sob orientação de preceptores e com encaminhamento a profissionais especialistas no assunto.
Os primeiros encontros tiveram como objetivo a orientação das pessoas quanto aos sinais e sintomas da depressão e foram realizados através do projeto “Possibilidades”, já desenvolvido por equipes da referida UBS.
Junto com essas equipes, os estudantes estão dando continuidade ao projeto e acolhendo as pessoas que necessitam de apoio.
Como se sabe, a depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, entre os sintomas, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, os quais aparecem com frequência e podem combinar-se entre si.
É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico, quanto para o tratamento adequado.
Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição (provavelmente genética).
O número de casos numa população é estimado em 19%, ou seja: uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta esses distúrbios em algum momento da vida.
(*) – Gabriella Bastos Clemente, Marina Miranda de Oliveira, Leonardo Lanes, Ana Karina Leão, Tamara Carolina Figueiredo e Paula Míriam Lima Santiago.
Avaliação dos sintomas de depressão em idosos no Asilo
Calcula-se que atualmente o número de idosos no Brasil com mais de 60 anos esteja acima de 17 milhões, o que representa quase 10% da população. Com base nesta constatação, acadêmicos (*) do 4° Período de Direito/Dinâmica orientados pelo professor Fábio Braga efetivaram estudos relacionados à depressão em pessoas da 3ª idade.
Os alunos buscaram identificar, de 15/8 a 10/9/2015, por meio da Escala de Depressão Geriátrica Yasavage, pacientes com sintomatologia depressiva abrigados no Asilo Municipal.
Os critérios de inclusão foram: idosos de ambos os sexos com capacidade cognitiva para responder o questionário, sem demência ou doenças psiquiátricas prévias.
Naquele ano, a Instituição tinha 48 idosos internos, sendo 25 do sexo masculino e 23 do sexo feminino. Deste total, 17 idosos (11 homens e 6 mulheres) atenderam os critérios de inclusão e foram selecionados para compor a amostra do estudo.
Para os estudantes, o objetivo da pesquisa foi alcançado e identificou, dentre os entrevistados, que as mulheres, proporcionalmente (64%), foram as que apresentaram maior incidência de resultados com possível depressão.
Quase a metade dos entrevistados (42%) evidenciou resultados que motivaram melhor investigação profissional, pois mostraram sinais que podem indicar caso de depressão.
(*) – Francisley Arlindo Cardoso, Gissele Marília Silva, Júnia Aparecida Januária Rosa, Maria Eduarda Gomes Vieira, Matheus Rodrigues Benedito Monte e Simone Santos Paula.