A violência “manchou” o futebol do clássico Pontenovense Futebol Clube/PFC (Baeta) x Sociedade Esportiva Primeiro de Maio/SEPM (Macuco), realizado no fim da tarde de 21/10 (sábado), no Estádio Juca Fonseca, na Vila Oliveira. O PFC venceu por 3 x 2 e vai para a final contra o time de Guaraciaba.
A partida foi apitada por Dimas Bernardino, de Alvinópolis, que expulsou Danilo, do PFC, depois que o jogador se exaltou contra a arbitragem e fez gestos obscenos para a cabine da Imprensa.
Com a bola rolando, o Pontenovense abriu o marcador (Juninho Central), mas Juninho Iracles empatou. Tales marcou mais para o PFC, e Quinha empatou para a SEPM. Por fim, Magu fez o gol da vitória do Baeta.
Ao final do jogo, ocorreram discussão e briga entre Juninho Iracles/Macuco e Juninho Central/Pontenovense. Mesmo com bloqueio pela Polícia Militar, alguns torcedores de ambas as equipes conseguiram pular o alambrado e invadiram o campo, com isto dificultando muito o trabalho de acalmar os ânimos.
A Polícia Militar – sob comando do tenente Gilson – solicitou reforço para o fim do jogo, por conta das hostilidades das duas torcidas contra alguns atletas: os torcedores do PFC incomodaram bastante o goleiro Bruno Guerreiro, que era do Pontenovense em certame anterior e foi jogar para o adversário. Por sua vez, a torcida Macuca “marcou” Juninho Central, que trocou o time alvinegro pelo rival.
A despeito da organização prévia em favor da segurança (os dois times decidiram em clima tenso, neste ano, a Supercopa dos Inconfidentes, vencida pelo Primeiro de Maio), durante a partida, torcedores jogaram objetos em campo. Na saída, a PM reteve a torcida do Pontenovense até que todos os torcedores rivais deixassem a Vila Oliveira.
O goleiro Bruno – agredido por um torcedor da equipe rival – revidou e deu a seguinte declaração à Reportagem desta FOLHA:
“Sou totalmente contra qualquer tipo de violência. Lugar de torcedor é nas arquibancadas, e perdi minha razão quando fui pra cima dele. Mas não está dando mais para aturar este clima, então decidi parar de jogar. Um lado tem que ceder, e, pra que tudo ocorra bem, que seja o meu lado”, desabafou ele.